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IMPERIALISMO QUER NEGÓCIOS | No mesmo dia que Financial Times defende continuidade de Dilma, Merkel confirma vinda ao país

terça-feira 18 de agosto de 2015 | 00:00

FOTO: EFE

O prestigioso jornal das finanças britânicas Financial Times (FT) escreveu um editorial hoje que argumenta que Dilma, apesar dos protestos deveria permanecer no cargo. Argumentam ainda que sua queda levaria a entrada de “um outro político medíocre”. Seu foco são os ajustes.

Seguem a posição que já foi declarada por importantes entidades empresariais do país como a FIESP, FIRJAN, Bradesco e Organizações Globo. Estas mostras de importantes setores empresariais "nativos" e estrangeiros também teve uma confirmação ontem na posição da líder da "austeridade" na União Europeia, Angela Merkel.

No mesmo dia da defesa do FT o governo alemão, mesmo quando questionado pela imprensa, confirmou a vinda de Merkel ao país.

O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, garantiu ao ser perguntado sobre a pertinência da reunião no atual clima político brasileiro que os "assuntos internos" não têm um papel de destaque na hora de determinar as visitas da chanceler.

Esta será a primeira cúpula bilateral, o formato de mais alto categoria no protocolo alemão, algo que, em palavras do porta-voz, demonstra "uma estreita relação" ou que ambos país "buscam uma estreita relação".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Martin Schäfer, destacou por sua vez que estas "consultas", como se denominam em alemão, são uma "expressão simbólica" do grau de relação, e disse que as relações entre Brasil e Alemanha são de primeiro nível e de muitos anos.

Seibert acrescentou que grande parte dos assuntos da agenda deste encontro transcendem o momento político atual e se referem a questões nas quais ambos países desejam uma cooperação mais estreita a longo prazo, como tecnologia, ciência e meio ambiente.

Merkel parte nesta quarta-feira rumo ao Brasil com seis ministros para a primeira cúpula bilateral, centrada na cooperação comercial, tecnológica e meio ambiental segundo fontes do governo alemão.

Participarão das consultas os ministros de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier; Saúde, Hermann Gröhe; Meio Ambiente, Barbara Hendricks; Agricultura, Christian Schmidt; Transportes, Alexander Dobrindt; e Cooperação, Gerd Müller.

No curso da visita serão assinados vários acordos e espera que a chanceler se reúna com representantes do âmbito econômico e empresarial.

O imperialismo alemão tem grandes interesses no Brasil, mantendo importantes bases de operação de várias de suas maiores empresas, como a Volkswagen, Siemens, Basf, Bayer.

A Alemanha só mantém "consultas" intergovernamentais com alguns de seus parceiros europeus (França, Espanha, Itália, Polônia e Holanda), assim como com os EUA, China, Israel, Índia e Rússia.

Com esta visita de Merkel, o editorial do Financial Times, a calorosa recepção de Obama a Dilma nos EUA, o imperialismo dá mostras que o que mais lhe interessa no momento, não é a saída de Dilma mas o aprofundamento de seus negócios no país e os ajustes. Esta é sua agenda, melhor representada nos escritórios da Paulista do que nas suas pistas tomadas por uma classe média conservadora no domingo.

EFE/Esquerda Diário




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