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OPINIÃO | No mercado da eleição: um voto, um consumidor

Qual o projeto do meu candidato? Qual o custo geral de suas ações? Quando ele pretende realizar o seu plano de governo? E como ele pretende por em prática?

quarta-feira 10 de agosto de 2016 | Edição do dia

Com o advento do capitalismo a economia passou ocupar o lugar central nas relações, principalmente, quando a sociedade está inserida em um determinado contexto. Por exemplo, qualquer atividade governamental que envolva a sociedade, especialmente, a população dos grandes centros urbanos, sempre existirá uma demanda de gastos significativos. Em outras palavras, independente de qualquer atividade governamental que envolva a sociedade, logo a economia sempre precederá qualquer plano de ação por parte do estado.

Assim sendo, afirmar que a política possui uma relação próxima com a economia não seria nenhum engano, muito pelo contrário. A economia pelo lugar que ocupa em nossa sociedade é quem determina como e quando qualquer plano de governo será levado à frente, ou mesmo subtraído da população.

Deste modo, podemos considerar que do mesmo modo que a pesquisa está para às compras, também está para o voto. Como bem já constataram os especialistas em economia em afirmar que: pesquisar é a melhor atitude para realizar uma boa compra.

Neste sentido a atitude de pesquisar uma boa compra é semelhante à ação de votar, pois pesquisar exige das pessoas no mínimo a abordagem de três aspectos fundamentais que seguem em nosso cotidiano.

A busca por algo bom e sem desperdício. Como um consumidor a procura de um bom produto com preço justo e um eleitor a procura de um candidato que apresenta um plano de governo definido e claro para a população.

A prestação de serviço. Ou seja, do mesmo modo que um consumidor espera que o produto o qual comprou funcione de acordo com a oferta, o mesmo acontece com um candidato que se tornou eleito, que administre a esfera pública em nome da população.

E a satisfação pelo serviço prestado. Isto é, do mesmo modo que um consumidor se sente realizado com um produto que cumpriu com o que foi prometido, o mesmo acontece não só com o eleitor que se sentiu acolhido por uma política pública que garantiu todos os seus direitos, mas também com o político que realizou um bom trabalho.

Portanto, pesquisar é uma ação que pode estar presente no cotidiano das pessoas, pois pode seguir desde a realização de uma boa compra até votar em um determinado candidato.

Todavia, com efeito, quando olhamos para esse modelo político, não é possível realizar tal comparação com segurança.

No lugar da pesquisa, se não tomarmos cuidado podemos ser influenciados pela ideia da pechincha, escolhendo o mais barato e, consequentemente, o político que mais desperdiça. Haja vista o número de eleitos envolvidos em diversos problemas com a justiça. Uma situação histórica que não existe prazo para terminar.

Ainda, no lugar da prestação de serviço, se não ficarmos atentos, deixamos ser levados muito mais pela propaganda do que propriamente por um programa de governo, especialmente, quando a televisão é tomada por especialistas em influenciar a população através das imagens.

De resto, no lugar da satisfação pelo serviço prestado, dada as armadilhas dos profissionais da política, apenas um lado até hoje têm obtido resultados esperados nesta história.

Portanto, nem sempre a pesquisa está para as compras, como está para o voto, principalmente, quando somos surpreendidos por esse modelo político.




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