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DESEMPREGO | No RS 123 mil trabalhadores foram demitidos em 3 meses. Fruto dos ataques de Bolsonaro

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, 123,1 mil empregos formais foram cortados devido a pandemia do coronavírus no estado do Rio Grande do Sul. Os ataques de Bolsonaro permitiu essa situação para salvar o lucro dos empresários enquanto os trabalhadores ficam na miséria.

quinta-feira 16 de julho de 2020 | Edição do dia

Ao contrário do que dizia os governos do estado e federal, as concessões aos empresários não asseguram os empregos. Em meio ao momento mais conturbado, socialmente, centenas de milhares perdem a sua fonte de renda, aprofundando o quadro de miséria do povo.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, 123,1 mil empregos formais foram cortados devido a pandemia do coronavírus, reduzindo de 2,549 milhões para 2,426 milhões de postos de trabalho formais, equivalente à uma redução de 4,8%, sem expectativa de retomada próxima. Enquanto as empresas seguem demitindo, o governo Bolsonaro segue dando concessões e auxílios os empresários sob a escusa de manter os empregos, mas, ao mesmo tempo, facilitar as demissões em massa nas grandes empresas, as suspensões de contrato e reduções de salários, não garantindo, de fato, emprego nenhum. Os empresários, em especial os de grandes empresas, que ganharam concessões e negociações de créditos milionários, se aproveitam para aumentar sua margem de lucro e embolsar os incentivos, enquanto promovem demissões em massa, como por exemplo, a Latam, que em maio, anunciou uma demissão em massa de 1400 funcionários, enquanto negocia empréstimo com o banco público BNDES.

No Rio Grande Do Sul, o entreguismo aos capitalistas segue a mesma linha, que promove uma política de reabertura desenfreada e desastrosa com um sistema de controle inócuo, sem testes, classificado por bandeiras cujo o critério é facilmente negociado com prefeitos das áreas afetadas, empresários e demais interessados que o comércio reabra, passando por cima da vida dos trabalhadores e da população em nome o lucro dos capitalistas. Com a mesma linha, também, segue o prefeito da capital, Marchezan, que sinalizou uma abertura para pequenas empresas com receita de até 360 mil reais anuais, mas após se reunir com representantes do setor, alastrou a margem até mesmo para grandes empresas com receitas anuais milionárias.

Ainda assim, os empregos formais segue despencando no estado, demonstrando que as políticas adotadas de fato não servem para assegurar nada na vida do trabalhador, mas sim assegurar os lucros nos bolsos dos capitalistas á custo dos cofres públicos e da vida do povo, que sofre sem auxílio para manter quarentena e proteger sua vida, com o sistema de saúde precarizado e colapsando, a contagem de mortes e contaminações crescendo exponencialmente, principalmente em meio a população pobre, negra e periférica que sofre maior exposição nos postos de trabalho mais precarizados.

Está claro que os políticos, assim como toda a estrutura da atual política burguesa não serve à população, mas sim para negociar a vida do povo na mesa dos empresários, e isso fica ainda mais claro em momentos de fragilidade como a atual pandemia que atravessamos. Por isso, defendemos uma assembléia constituinte livre e soberana imposta pelos trabalhadores, para que os trabalhadores imponham suas necessidades e que a máquina pública esteja a serviço do interesse básico dos trabalhadores e não dos capitalistas.




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