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SAÚDE PRECÁRIA | No Hospital Lourenço Jorge, aonde faltam até cobertores, a ocupação chega a 207%

A precariedade de condições da saúde contrasta com um Bispo-Prefeito que foi denunciado em flagrante concedendo privilégios a pastores para furarem a fila do SUS. No Hospital Salgado Filho a superlotação chegou a 289%.

sexta-feira 20 de julho de 2018 | Edição do dia

Imagem: Reprodução
O Hospital Lourenço Jorge não tem nem mesmo cobertores para seus doentes, além da superlotação do local. Segundo divulgado pelo Jornal O Globo, havia 47 pessoas, sendo que a área caberia apenas dez. Segundo a reportagem, há também macas pelos corredores, nos dois lados da sala amarela, que cuida de pacientes em estado crítico ou semi-crítico.

O Globo entrevistou um rapaz de 16 anos denunciou as condições de sua mãe internada no hospital na Zona Oeste do Rio: "Minha mãe ficou numa maca no corredor da sala vermelha quando chegou aqui no domingo. Como estava superlotada a unidade, ela esperou pela cirurgia das 12h até as 17h. Quando a cirurgia acabou, já eram 23h, e ela foi para o corredor da sala amarela. Até arrumaram uma manta, mas ela não conseguiu dormir por causa do frio. No dia seguinte, levei um cobertor. Os funcionários são atenciosos, mas eles não têm como aumentar o espaço e multiplicar os objetos".

Segundo dados do Censo Diário Hospitalar, da Secretaria municipal de Saúde, a superlotação chegou a 207% no Lourenço Jorge, ainda mais grave no setor amarelo. Outros hospitais estão em situação análoga como o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio, a ocupação passou de 289%. São 84 doentes num espaço planejado para 29.

A superlotação dos hospitais e falta de cobertores nos hospitais municipais, é um escárnio de uma gestão como a de Crivella, após o que disse em campanha, mentindo dizendo que iria "cuidar das pessoas". A precariedade de condições da saúde vem de um governo comprometido com os grandes empresários, e com seus amigos pastores evangélicos. Isso se faz ainda mais grave pelas denuncias de que o Bispo-Prefeito tem ajudado a furar a fila de espera para seus entes mais próximos e fiéis no SUS, como confirmou ex-funcionário. Crivella faz da sua administração uma continuidade da Igreja, e isso cada vez se torna mais evidente.




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