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CRISE GOVERNO | New York Times diz que ’não há razão’ para impeachment de Dilma

O jornal americano “The New York Times” disse em seu editorial na segunda-feira que "não existe razão" para impeachment da presidente Dilma Rousseff.

terça-feira 18 de agosto de 2015 | 23:50

O jornal americano “The New York Times” disse em seu editorial na segunda-feira que o impeachment da presidente Dilma Rousseff provocaria sérios danos à democracia brasileira, que vem se fortalecendo notavelmente nos últimos trinta anos, uma vez que não existem provas concretas de que Dilma cometeu irregularidades em seu governo.

Isto acontece no mesmo dia que o prestigioso jornal das finanças britânicas Financial Times (FT) escreveu em editorial que Dilma, apesar dos protestos deveria permanecer no cargo. Argumentam ainda que sua queda levaria a entrada de “um outro político medíocre”.

Apesar do “esquema de corrupção massivo” na Petrobras, o New York Times também relembrou "a força das instituições democráticas brasileiras" em meio a todo o clima de turbulência no país. O editorial enfatizou a escolha de Dilma, que em vez de restringir as investigações que desafiam a sua gestão, indicou Rodrigo Janot, à frente das investigações da Operação Lava-Jato, para se manter no cargo de procurador-geral da República.

O editorial ainda responsabilizou a presidente pelas políticas que desaceleraram a economia e contribuem para a queda do grau de investimento no Brasil. No entanto, disse não haver evidências de que qualquer outro líder no poder faria um trabalho melhor com a economia.

De acordo com a publicação, não existem provas que justifiquem a saída forçada de Dilma do governo, apesar das ameaças sofridas pela presidente - como as tensões no legislativo, os protestos do último domingo e os índices de aprovação da população sobre o governo abaixo dos 10% menos de um ano após as eleições.

“Não há dúvida que os brasileiros estão enfrentando tempos difíceis e frustrantes, e as coisas devem piorar antes de melhorar. Rousseff também vai encarar muito mais problemas e criticismo. Mas a solução não deve ser enfraquecer as instituições democráticas que garantem em última instância a estabilidade, a credibilidade e a governança honesta”, concluiu o editorial.

Distintos editoriais das grandes corporações midiáticas internacionais convergem neste ponto: apesar da "incompetência econômica", o Brasil precisa de estabilidade para aplicar os ajustes, agora caracterizados no acordo Renan-Dilma, a Agenda Brasil, e garantir bons negócios com o imperialismo.

Esquerda Diário/EFE




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