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ORIENTE MÉDIO | Maioria no parlamento não é alcançada novamente

O primeiro ministro em exercício, Benjamin Netanyahu, renunciou formar governo, com apenas três dias para que vença o prazo estabelecido. O presidente cederá a tentativa para Benny Gantz que terá 4 semanas para consegui-lo.

terça-feira 22 de outubro de 2019 | Edição do dia

Há mais de um mês das últimas eleições em Israel, o primeiro ministro em exercício, o direitista Benjamín Netanyahu, desistiu de formar governo, 3 dias antes do prazo determinado peo presidente Reuvén Rivlin. Este deverá transferir a tarefa a Benny Gantz, quem obteve cadeiras mas também ficou longe das 61 necessárias para obter a maioria.

As eleições do último 17 de setembro reeditaram, em linhas gerais, os resultados das de abril. Um empate catastrófico entre os dois principais partidos do país, o direitista Likud de Netanyahu e o “centrista” Azul e Branco de Benny Gantz, ex chefe de Estado Maior do Exército Israelita.

"Nas últimas semanas fiz todo o possível para levar Beny Gantz para uma mesa de negociação. Infelizmente, simplesmente se negou repetidas vezes”, afirmou Netanyahu. A resposta de seus principais rivais não se deixou esperar, que emitiram um comunicado dizendo “O tempo para devaneios acabou e chegou a hora das ações. Azul e Branco está decidido a conformar um governo de unidade liberal, encabeçado por Beny Gantz, por quem o povo de Israel votou há um mês."

Likud soma às suas 32 cadeiras os 16 sócios ultraortodoxos e 7 da extrema-direita, um total de 55. Azul e Branco por sua vez obteve 33 deputados mas só conseguiu somar 54 cadeiras no total, 6 dos trabalhistas, 5 da esquerda pacifista e, em um episódio histórico, 10 dos 13 deputados da Lista Conjunta Árabe, que tradicionalmente não participa das negociações em protesto contra a opressão do estado de Israel sob a Palestina.

Este bloqueio político tentou ser superado mediante a conformação de um “governo de unidade” mas as negociações fracassaram porque, entre outras coisas, não existiu concordância em estabelecer uma “rotação” de mando entre Netanyahu e Gantz. Ainda que pareça uma sutileza, Netanyahu precisa da primeira rodada nesta rotação para poder evitar (ou ao menos adiar) os possíveis processos contra ele por três casos de fraude e suborno. Com estes resultados, a possibilidade de formar governo parece depender da formação laica e ultraconservadora Israel Nossa Casa do ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman.

Se Gantz fracassa, o presidente pode encomendar o gobierno ao Knéset (parlamento), que poderia propor qualquer deputado como premier, mas dificilmente alguém vai contar com apoio suficiente. Ainda que o mais provável é que o país atravessasse novas eleições gerais, que seriam as terceiras em um ano.




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