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PARALISAÇÃO DIA 19 | Nesse dia 19, vamos pôr na rua nosso ódio às reformas e ao avanço do golpe

Amanhã será a Jornada Nacional de Lutas Contra a Reforma da Previdência, convocada pelas centrais sindicais. Esse dia pode servir para que todos saiamos às ruas para soltar o grito de revolta entalado na garganta contra as reformas, o avanço do golpe, e para exigir das centrais sindicais uma greve geral contra as reformas, pelo direito do povo decidir em quem votar e contra a escalada repressiva no Rio de Janeiro.

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

domingo 18 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Vimos nesse carnaval um enorme clamor popular em torno do desfile da Tuiuti, que pôde ser tribuno do ódio em torno do que significou o golpe para a vida da população. Denunciando as contrarreformas desse governo, o desfile despertou a revolta adormecida pela passividade das centrais sindicais, certamente a maior ressaca que Temer teve que lidar.

Não atoa o presidente golpista decidiu responder com um “remédio amargo”, como se estivesse propondo uma “agenda positiva” à crise social instalada no Rio de Janeiro, cuja situação de violência nas ruas a mídia golpista trata de inflar já há meses. Temer finge estar disposto a sacrificar a votação da tão clamada (pelos capitalistas) Reforma da Previdência para baixar um decreto que permite uma escalada repressiva sem precedentes. Não nos baixemos a guarda! Temer pode muito bem botar para botar a Reforma da Previdência, ou ao menos alguns pontos que não precisem emendar a Constituição, mesmo com o decreto, que pode muito bem ser suspendido para que a votação do ataque à nossa aposentadoria ocorra normalmente.

Longe de combater a violência no Rio de Janeiro, como já desenvolvemos melhor em outros artigos, o decreto da intervenção federal busca aprofundar a repressão contra os pobres, negros e trabalhadores, enquanto ampliam a miséria social por trás da violência. A militarização jamais vai ser uma solução para a crise social, pois Temer, Pezão e os golpistas do exército, são diretamente responsáveis para que ela exista. Querem fazer do Rio de Janeiro um laboratório de repressão sem precedentes, com os métodos praticados contra os negros no Haiti, para depois voltar contra a própria organização dos trabalhadores e lutadores que ameaçarem as contrarreformas. Mas não podemos nos intimidar com esse ataque! É preciso organizar esse ódio e revolta contra a Reforma da Previdência e o avanço do golpe e parar o país nesse dia 19!

Só assim podemos exigir que as centrais sindicais parem de trégua e organizem imediatamente uma greve geral em defesa dos nossos direitos como a aposentadoria e pela revogação da reforma trabalhista, e pela imediata retirada das tropas do exército no Rio de Janeiro, revogando o decreto de Temer. Não podemos esquecer que o avanço do golpe que Temer promove junto com o exército, dá prosseguimento ao que o Judiciário tem proporcionado contra direitos democráticos elementares dos trabalhadores. Um grupo seleto de juízes regados de privilégios sequestraram o direito ao voto da população quando condenaram Lula com um julgamento sem provas, baseado em métodos complemente autoritários. A nossa luta não pode deixar de ser pelo direito do povo decidir em quem votar.

Essa luta pode muito bem avançar contra os privilégios dos capitalistas e dos políticos, e revogar a maldita e escravocrata Reforma Trabalhista. Precisamos, por meio de nossa luta, impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana na qual possamos mudar as regras e acabar com esse regime político corrupto – que o PT cumpre um papel de preservar - varrendo o autoritarismo que querem usar para nos calar. Somente a resolução da crise capitalista, fazendo com que sejam os capitalistas, os privilégios dos juízes e dos políticos corruptos os que paguem pela crise que criaram, expropriando suas empresas e pondo-as para produzir sob controle dos trabalhadores, pode resolver em profundidade o problema que gera a violência social.




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