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SÃO PAULO | Negligência da SABESP causa prejuízos em 13 bairros na Zona Leste

Nessa madrugada uma adutora da Sabesp se rompeu na Vila Prudente, Zona Leste da capital paulista. Foram 13 bairros atingidos, cerca de 80 mil pessoas: Vila Alpina, Vila Bela, Jardim Independência, Vila Prudente, Parque São Lucas, Vila Zelina, Vila Alois, Jardim Teresa, Vila Charlote, Vila Ivone, Vila Rosa, Vila Lucia, City Figueira.
No mesmo bairro já havia ocorrido outro rompimento em fevereiro do ano passado, e depois mais um em abril. Desde então, nada foi feito para impedir novas tragédias como a de ontem.

Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

quarta-feira 29 de junho de 2016 | Edição do dia

O fato ocorreu às 19h horas de ontem, e até o momento (12:30) o problema não foi resolvido. Dezenas de casas foram inundadas, destruindo pertences das famílias, enchendo de lama as moradia, causando transtornos, perdas e danos incalculáveis. Agora, todos estão sem água. A rua tem uma imensa cratera, onde até um carro caiu.

"Um acidente" para os governantes do PSDB e os administradores da Sabesp. "Todos serão indenizados", diz a Sabesp. Não foi um acidente: tal como a crise hídrica que assola o estado e, principalmente, os bairros pobres e periféricos da capital, o rompimento recorrente de adutoras em São Paulo é um fruto da negligência do governo. Quanto às indenizações, sabemos a mentira que isso é. Milhares de famílias prejudicadas em rompimentos anteriores seguem sem conseguir nenhum tipo de indenização, e quando conseguem, sempre com um valor inferior ao prejuízo que tiveram.

A Sabesp é aberta ao capital privado, e em detrimento de gastos com manutenção da rede, o que evitaria tanto os rompimentos como o imenso desperdício de água que leva à sua escassez, se prioriza o pagamento dos lucros aos seus acionistas. O governo de Alckmin procura a todo momento encobrir a crise hídrica e atualmente diz que "já passou", mas todos sabemos que os bairros periféricos ainda sofrem racionamento, alguns cotidianamente.

É preciso estatizar 100% a Sabesp sob controle dos trabalhadores e usuários, investir na manutenção e na renovação da rede. Somente assim impediremos tragédias como a dessa madrugada e os racionamentos para a população pobre e trabalhadora.




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