Nesta segunda-feira (28), Bolsonaro disse que “não como saber o que acontece nos ministérios" quando comentava com apoiadores sobre o caso de compras da vacina Covaxin
segunda-feira 28 de junho de 2021 | Edição do dia
Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil
A compra da vacina indiana se tornou o principal assunto na CPI da Covid nesses últimos dias. O servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, disse em depoimento que tinha identificado suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin e por isso se recusou a assinar um documento de compra da vacina, entre as suspeitas estavam pontos como: preço acima e número de doses menores do que o contratado.
O deputado federal, Luis Miranda (DEM-DF), disse que avisou o presidente sobre irregularidades no contrato de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, em uma reunião no dia 20 de março.
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Em defesa sobre o caso, Bolsonaro disse que tem “confiança nos ministros” e que não sabe tudo o que acontece nas pastas, para seus apoiadores ao sair do Palácio da Alvorada.
“Eu recebo todo mundo. Ele que apresentou, eu nem sabia da questão, de como estava a Covaxin, porque são 22 ministérios. Só o ministério do Rogério Marinho [Desenvolvimento Regional], tem mais de 20 mil obras”, declarou o presidente, que completou dizendo que “Então, eu não tenho como saber o que acontece nos ministérios. Vou na confiança em cima de ministros e nada fizemos de errado”
Na tarde desta segunda, os Senadores da CPI devem ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar uma notícia-crime contra Bolsonaro. Vai ser alegado que Bolsonaro cometeu prevaricação, devido a omissão ao comunicar uma suspeita de irregularidade.
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