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CRISE NO RIO GRANDE DO SUL | RS: Não ao parcelamento dos salários, que cortem nos privilégios e na dívida com os bancos

O governo federal, de Dilma e Levy estão aplicando um pacote de ajuste fiscal que está cortando na carne dos gastos sociais com saúde e educação e com os direitos dos trabalhadores.

terça-feira 4 de agosto de 2015 | 23:50

A desaceleração econômica ganha força na indústria que está demitindo e cortando salários e direitos, a inflação e o aumento das tarifas e taxas estão golpeando o bolso dos trabalhadores, com aumentos progressivo no custo de vida. Neste contexto de crise e ajustes, os governos dos estados e municípios em todo país, não estão de fora.

Esta semana, o governo de José Ivo Sartori (PMDB) do estado do Rio Grande do Sul, o quarto estado mais rico do país (com maior PIB) e o quinto mais populoso, anunciou um grande ataque aos servidores do estado com o parcelamento dos salários.

Uma medida que seria parte de um pacote de “ajuste fiscal gaúcho” para melhorar as contas públicas do estado, garantindo uma economia de recursos necessária ao pagamento da dívida do estado. Porém, a única saída apresentada pelo governo, foi cortar nos salários e aposentadorias dos servidores e nada foi colocado com relação aos lucros e rendas de empresários e latifundiários do estado.

Lições do Paraná

No Paraná, no primeiro semestre, professores e servidores estaduais da saúde e educação deram o exemplo de luta ao tentar barrar o “pacote de maldades”, uma série de medidas de ajuste fiscal do governador Beto Richa (PSDB) para o estado, este pacote incluía o congelamento de salários dos servidores, ataque aos direitos dos aposentados e cortes nas contratações.

Da grande mobilização dos trabalhadores servidores no Paraná que pode reverter uma parte das medidas, e só não foi vitoriosa completamente graças aos limites impostos pela maioria dos sindicatos no Paraná e da educação no país que não tomaram medidas para cercar de solidariedade esta grande mobilização, podemos extrair algumas valiosas lições para a luta que se desenvolve no estado do RS.

Entre estas lições, a importância da unificação da luta dos servidores; a força da mobilização por grandes greves do funcionalismo como a dos professores que conquistou o máximo de adesão e a importância da radicalização dos métodos de luta com as ocupações da assembleia legislativa e acampamentos na sede do legislativo e do governo do estado.

A mobilização no Rio Grande do Sul

A partir da última assembleia de ontem (3), alguns sindicatos de categorias dos servidores do estado estão convocando uma assembleia unificada de mobilização estadual para o próximo dia 18. É preciso construir uma unificação efetiva da luta dos servidores junto à conquista do apoio do conjunto da população do estado contra os ajustes e os cortes, uma campanha que possa colocar como os verdadeiros inimigos dos interesses da população, os governos e os empresários que são privilegiados, e não os trabalhadores do serviço público, da saúde, educação, transporte público. Na ordem do dia, também se coloca uma campanha de solidariedade nacional à luta dos servidores públicos do Rio Grande do Sul.

Não ao parcelamento dos salários, que cortem nos privilégios e na dívida com os bancos

Contra as medidas do governo Sartori e sua justificativa que estas medidas seriam necessárias ou inevitáveis, partimos de uma visão diametralmente oposta. Há dinheiro para o salário do funcionalismo.

Os cortes não devem ser pagos pela classe trabalhadora mas pelos empresários e pelos políticos acabando com seus privilégios.
Felipe Guarnieri, metroviário de SP, explica o que seria um programa para avançar a mobilização dos servidores do estado do RS, “é preciso levantar uma luta pelo fim imediato do pagamento da dívida do estado do RS, uma dívida fraudulenta cujos juros beneficiam bancos e empresários".

A mobilização dos trabalhadores do estado também deve apontar para um programa pelo fim dos subsídios e isenções fiscais de empresários e latifundiários junto à luta pela taxação das grandes fortunas do estado. Somente desta forma, a crise fiscal do estado poderá ser paga pelos empresários e não por nós trabalhadores.”

Felipe, ainda comenta ser necessário um programa por um governo barato no estado, pois é um absurdo que o estado gaste milhões com os altos salários e privilégios para vereadores, deputados estaduais e demais cargos comissionados, além de juízes entre outros, que parasitam as contas do estado.

Estes deveriam receber o mesmo que uma professora com o salário mínimo do DIEESE. “Neste ano, o Esquerda Diário e vários trabalhadores de diversas categorias impulsionamos uma campanha nacional para que todo político receba o mesmo que uma professora, vejo que esta campanha deve ser tomada com toda a força pelos servidores do Rio Grande em sua luta contra o ajuste fiscal do governo Sartori, pois dinheiro existe, precisa sair do bolso dos privilegiados para honrar o salário do funcionalismo gaúcho”, comentou Felipe Guarnieri.




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