Esse mês alguns trabalhadores da saúde de Minas Gerais receberam menos pelo seu trabalho, sem sequer explicação do governo de Romeu Zema.
quinta-feira 4 de março de 2021 | Edição do dia
Foto: Pedro Gontijo/Agência Minas
Com o fim do mês, vários trabalhadores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais receberam menos pelo seu trabalho na linha de frente, quando a pandemia está no pior momento no Estado. O governo de Romeu Zema sequer notificou ou justificou os descontos de até R$1.000 na remuneração dos profissionais.
Segundo denúncias anônimas dos trabalhadores da Fhemig ao Esquerda Diário, há cerca de dez anos não há reajuste salarial na categoria, e para pagar suas contas, os profissionais precisam de ajudas de custo. É reivindicação da categoria a incorporação da ajuda de custo no salário, para que esse valor seja recebido também nas férias, não seja descontado nas licenças, conte no calculo das aposentadorias, e, principalmente, não corra o risco de ser retirado a qualquer momento, como acontece agora.
Recebemos também denúncias de que os trabalhadores dessa fundação que estão lidando diretamente com o atendimento à Covid não estão recebendo nenhum complemento no salário, como insalubridade especial.
Zema corta a remuneração da linha de frente, avança em privatizar hospitais, tendo colocado a primeira OS na Fhemig, planeja o retorno presencial das aulas e, contraditoriamente, anuncia lockdown para algumas regiões do Estado. Como o governador-patrão que é, se inspira em João Doria, ao mesmo tempo que sempre foi bolsonarista. É uma prova de que o conjunto das instituições e atores desse regime político nada tem a oferecer aos trabalhadores e oprimidos.