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MOBILIZAÇÃO NA UFF | Na iminência da deflagração da greve, Reitoria da UFF fecha prédio administrativo

quarta-feira 27 de maio de 2015 | 22:13

Em nota pública divulgada nessa terça-feira, 26/05, o Comitê Gestor da Universidade Federal Fluminense declarou o fechamento do prédio da reitoria, alegando ameaça de invasão por “setores vinculados ao movimento grevista”.

Professores, técnicos administrativos e alunos votaram na última semana a deflagração da greve para a quinta-feira, 28/05.

O momento que a universidade pública enfrenta, de cortes bilionários no orçamento, atrasos recorrentes no pagamento dos salários dos trabalhadores terceirizados, precarização dos serviços prestados à comunidade acadêmica, impulsionou a paralisação dos três setores.

Diante de tal quadro, a reitoria se posiciona afirmando cumprir com todas suas obrigações, e que diante “diante das dificuldades”, se esforça para manter todos os serviços funcionando.

O que a nota da reitoria mascara, é que está em questão não apenas o orçamento, mas as próprias condições de reprodução da universidade. Ao afirmar que a UFF tem sido capaz de manter suas atividades a despeito da falta de verba, a reitoria oculta as demandas da universidade e afasta de sua gestão a responsabilidade pelas condições da UFF.

Ao problema crônico de falta de moradia estudantil e bolsas, soma-se o fechamento do bandejão do Campus Praia Vermelha, o atraso no pagamento dos funcionários terceirizados, a falta de entrega dos prédios da Biologia e das Artes, além da grande defasagem dos campi do interior em relação às unidades de Niterói.

Através da publicação dessa nota, a reitoria faz seu primeiro movimento após as assembleias que votaram greve.

Entre paralisações pontuais de terceirizados e as mobilizações de técnicos administrativos, o atual período está marcado por instabilidade política. A nível federal, os ataques ao ensino público, a nível institucional, uma gestão que se pronuncia defendendo o funcionamento das atividades acadêmicas a despeito das condições impraticáveis de ensino e pesquisa e, principalmente, de permanência.

Foto: Gustavo Fagundes




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