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Dia Internacional da Luta pelo Direito ao Aborto | Na Cidade do México reprimiram a marcha pelo direito ao aborto

O governo "progressista" de Morena montou uma grande operação para defender os inimigos dos direitos das mulheres e da comunidade LGTBI.

quarta-feira 30 de setembro de 2020 | Edição do dia

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Diante da esperada mobilização do 28S [28 de Setembro] na capital mexicana, a prefeitura, com o apoio do presidente López Obrador, implantou uma grande operação policial para reprimir o protesto. No entanto, milhares marcharam pelo centro em direção à Zócalo [Praça da Constituição].

À tarde, autoridades da Secretaria de Governo da Cidade do México anunciaram que bloquearam a passagem de mulheres protestando pelo direito ao aborto para a Zócalo porque um grupo de conservadores da Frente Nacional Anti-AMLO (FRENA) estava se manifestando ali. O argumento era "evitar" um confronto entre os dois grupos.

É claro que para o partido de López Obrador, o Morena [partido também conhecido como Movimiento Regeneración Nacional], que chegou ao poder em aliança eleitoral com o Partido Encontro Social, da direita cristã (hoje Partido Encontro Solidario) e do Partido do Trabalho, é prioritário facilitar a manifestação daqueles que são inimigos do direito de decidir das mulheres. Não é de estranhar, isso explica sua relutância em legalizar o aborto em âmbito nacional, quando milhares de mulheres trabalhadoras e de setores populares morrem realizando abortos clandestinos ou ficam com graves sequelas em sua saúde decorrente dos mesmos.

Para impedir o direito de manifestação de jovens e trabalhadores pelo direito ao aborto, cercaram os manifestantes invocando o "Acordo" [leis locais] para prevenção de violências que transgridam o exercício de direitos durante a participação em manifestações e reuniões na Cidade do México.

Durante a manifestação realizada no Eixo Central e Madero, a operação repressiva do governo da Cidade do México liderada por Claudia Sheinbaum, também do Morena, perseguiu os manifestantes com golpes e gases. Escandaloso.

Assim é reacionária a política de um governo que se autodenomina "progressista" diante dos direitos das mulheres e do direito elementar à livre manifestação.

Houve também uma importante manifestação na cidade de Guadalajara, no estado mexicano de Jalisco, onde se marchou pelo centro histórico para exigir do Congresso local a legalização do aborto em todas as situações.

Nesta cidade, os grupos anti-direitos, que se autodenominam "pró-vida", também se manifestaram e tentaram impedir que a marcha chegasse à Catedral.

As mulheres leram um manifesto nas portas do Palácio Legislativo no qual pedem ao Estado que garanta os direitos sexuais e reprodutivos a todas as mulheres como forma de garantir os direitos humanos.

“Representa uma grave violação dos direitos humanos e uma violência sistemática exercida pelo Estado contra as mulheres, seus corpos e suas vidas, obrigando milhares de mulheres e meninas a dar à luz e a muitas outras que decidem não levar adiante a gravidez e não serem mães, às impõe um destino cruel e, em alguns casos mortal ", alertaram.

Traduzido de:http://www.laizquierdadiario.com/En-Ciudad-de-Mexico-reprimieron-la-marcha-por-el-derecho-al-aborto

[] - Nota da tradutora




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