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RACISMO | Músico negro preso sem provas vai para prisão domiciliar por um crime que não cometeu

Luiz Carlos Justino foi preso em abordagem policial na última quarta-feira (2) em Niterói sob a acusação de supostamente ter participado de um assalto ocorrido há 3 anos atrás, em 2017. Mesmo com o fato de que Luiz trabalhava no horário do ocorrido, o jovem segue em prisão domiciliar por determinação da justiça.

segunda-feira 7 de setembro de 2020 | Edição do dia

Luiz Carlos e outros três amigos foram abordados pela polícia na última quarta-feira (2), após terem se apresentado com parte da Orquestra de Cordas da Grota de Niterói. A polícia alega reconhecimento por foto pela vítima do ocorrido em 2017. Contudo, há 3 anos atrás Luiz possuía contrato com uma padaria onde tocava todos os domingos pela manhã, período em que o assalto ocorreu. No sábado (5), Luiz foi liberado do presídio porém segue em prisão domiciliar por um crime que não cometeu.

O jovem ficou preso por engano durante 4 dias no Complexo Penitenciário de Guaxindiba em São Gonçalo. Ele relatou ter sentido muito medo de morrer e que estava sem dormir desde quarta-feira. Luiz é mais uma vítima do racismo policial e judicial, que para prender um jovem negro procura acusação inclusive de anos atrás. Essa também é a faceta mais racista de um judiciário que tem pessoas negras como alvo, legitimando o encarceramento em massa da população negra no Brasil. A mesma justiça que oferece prisão domiciliar a um político ligado às milícias como Queiroz e nega a um homem que furtou 2 xampus.

Nos solidarizamos com Luiz Carlos e sua família e repudiamos completamente o racismo policial e judicial que segue permitindo a prisão arbitrária da população negra brasileira. É preciso fazer ecoar os questionamentos profundos do Black Lives Matter nos EUA sobre a instituição policial e exigir o fim da polícia aqui no Brasil também. Assim como precisamos questionar a Justiça, levada a frente por pessoas que ninguém elegeu e permite ataques brutais aos trabalhadores e todos setores oprimidos da sociedade.




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