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USP | Motoristas da USP paralisam contra o assédio e humilhação da chefia

Os trabalhadores alegam casos absurdos que ocorrem recorrentemente e nenhuma medida é tomada pela reitoria.

terça-feira 21 de junho de 2022 | Edição do dia

Assédio moral, preconceito, desrespeito, humilhação e coerção para obrigá-los a trabalhar em veículos irregulares e em situação insegura são algumas das principais denúncias dos motoristas da USP. Esses trabalhadores já realizaram uma primeira paralisação no dia 25/05, o chefe de gabinete da reitoria e o chefe do departamento de administração foram até o setor (Pool), constataram a situação mas não apresentaram nenhuma solução.

Os motoristas do Pool da USP trabalham no transporte de pessoas do campus Butantã para diversos endereços na cidade de SP, por todo o estado e inclusive longas viagens para outros estados. Para isso contam com uma frota própria da USP de carros, vans e ônibus que em muitos casos não estão nas melhores condições, mas a chefia do setor muitas vezes ignora essa situação já reportada para a USP. São diversos relatos absurdos que os trabalhadores vêm denunciando como nos relatou Claudionor Brandão, diretor de base do SINTUSP e representante sindical da prefeitura da USP.

“O chefe não respeita direitos assegurados na categoria como compensação de horas de trabalho, obriga a trabalhar com veículos com problemas mecânicos, como nos freios, problemas elétricos e caso os trabalhadores não aceitem são perseguidos. As irregularidades na folha de ponto dos trabalhadores são frequentes. Por conta das viagens os motoristas têm jornadas que ultrapassam 10h de trabalho e o chefe do setor desconsidera o acumulado de horas impossibilitando que estas sejam lançadas no banco de horas. Há casos de trabalhadores que foram lesados em mais de 190 horas de trabalho acumuladas ao longo de um ano fazendo com que os trabalhadores tenham que ir à justiça receber. Insultos e xingamentos são constantes. Os trabalhadores relataram um caso absurdo de que esse mesmo chefe teria ordenado que na volta de uma viagem de ônibus que foram dois motoristas um deles voltasse no porta malas do ônibus por conta de superlotação. Para este chefe os trabalhadores não valem nada, podem ir no porta malas entre as bagagens como se não fosse um ser humano. É um escândalo isso. Este caso inclusive foi a gota d’água para os trabalhadores, o que motivou a paralisação.”

Em resposta a todo esse absurdo, a humilhação do chefe e o descaso da reitoria os trabalhadores retomaram a paralisação neste dia 20/06 exigindo que o chefe saía do setor e hajam melhorias nas condições dos veículos e nas condições de trabalho. O SINTUSP vem atuando conjuntamente com os trabalhadores e exigindo uma resposta da reitoria e da COPERT.

No dia de hoje, 21/06 o SINTUSP aprovou uma importante campanha de apoio para fortalecer os companheiros do Pool enviando fotos de apoio de diversas unidades da USP mostrando que os motoristas do Pool não estão sozinhos nessa luta contra o assédio e a humilhação. Os trabalhadores do Movimento Nossa Classe USP reafirmam esse chamado.

TODO APOIO AOS MOTORISTAS DO POOL!
FORA CHEFES ASSEDIADORES!

Boletim do SINTUSP sobre o caso:

Campanha de apoio:




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