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COVID-19 MATA MAIS NA PERIFERIA | Mortes sobem 81,7% na periferia de São Paulo mostrando quem o governo escolhe salvar

Mesmo com a imensa subnotificação, vemos as mortes confirmadas por COVID-19 dispararem na periferia de São Paulo, mostrando que o capitalismo e as políticas do governo tem sangue em suas mãos.

quinta-feira 16 de abril de 2020 | Edição do dia

O mundo vive hoje a maior crise sanitária do século XXI e um agravamento ainda maior da crise financeira de 2008 e como era de se esperar os lucros dos capitalistas é pago com as vidas dos trabalhadores que vivem nas periferias das cidades. Esse reflexo se mostra mais claramente com os números de casos de Coronavírus nas Zonas Norte e Leste da cidade de São Paulo que em uma semana o número de mortes subiu 81,7%.

Estudos feitos entre os dias 9 e 15 de Abril mostram que as Zonas Norte e Leste são as mais atingidas pela Covid-19, onde os casos de óbito passaram de 428 de quarta-feira (08/04) da semana passada para 778 desta terça-feira (14/04). Essas mortes não são somente números a serem analisados, mas sim pessoas que perderam suas vidas pela negligência desse governo obscurantista e negacionista, que prefere manter os lucros dos capitalistas ao invés de garantir condições de vida digna à população.

Para melhor entender a gravidade da situação, Zona Norte foi dividida pela prefeitura em 18 bairros, onde 11 deles o número de óbitos foi de 17 pessoas ou mais, somente em Brasilândia, foi registrado 33 mortes no intervalo de sete dias. Já na Zona Leste, a situação também se agrava e os locais com mais vítimas fatais é a Vila Prudente/Sapopemba, com 28 casos e Itaquera com 27. Foi nessa região de São Paulo também onde os dois primeiros profissionais da saúde morreram, um enfermeiro no Hospital do Tatuapé e um auxiliar de enfermagem no Hospital Tide Setúbal, mostrando mais uma vez a quem o governo escolhe salvar.

A crise sanitária está levando a um colapso no sistema de saúde, que há muito tempo sofre diversos ataques e sucateamentos, como é visivel no Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha, que possui 86% dos leitos de UTI ocupados. Outro exemplo é o Hospital Geral de Pedreira, que tem 87% dos leitos de UTI ocupados e que está localizado perto da Capela do Socorro, local com maior número de mortes, 22, da Zona Sul.

Para combater essa pandemia e mais diretamente essa crise capitalista há uma serie de medidas que podem ser tomadas, como, por exemplo, testes massivos, para acabar com a maior subnotificação de casos do mundo; a proibição das demissões, a garantia de leitos com controle operário do sistema de saúde com os hospitais privados unificados com o SUS; reconversão da indústria para produção de mascaras, respiradores e alcool em gel; fim do pagamento da dívida pública para garantir dinheiro para essas medidas, etc.




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