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CORONAVÍRUS | Mortes em SP concentram-se nas periferias e Doria não consegue esconder colapso da saúde

São mais de 1200 mortes confirmadas ou suspeitas apenas na cidade de SP, concentradas nas periferias. No estado, se registrou um aumento de 81,7% de mortes na última semana.

sexta-feira 17 de abril de 2020 | Edição do dia

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Cidade de São Paulo

Até esta quarta-feira (16), a cidade de São Paulo tem 563 mortes confirmadas por coronavírus, além de 8204 casos confirmados da doença. Como não há testes suficientes os dados são sempre subnotificados, e se arrasta a política de Doria de fazer demagogia com a defesa da quarentena, porém sem dar nenhuma assistência aos que já podem estar contaminados pelo vírus, e aos que se expõe a ele sem saber.

Os dados sobre a distribuição de mortes por região da cidade fazem parte de um mapa divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde entre os dias 23 de fevereiro e 11 de abril. Segundo os dados, até sábado (11) a cidade de São Paulo tinha, entre confirmados e suspeitos, 1207 mortes. Destas, 422 são confirmadas, e 785 são suspeitas.

Foto: Divulgação/Secretaria Municipal de Saúde

Os distritos de Brasilândia na Zona Norte, e Sapoemba e Itaquera na Zona Leste, são destaques das regiões periféricas que mais concentram mortes. Os dados por região mostram que apesar das regiões de Lapa e de Pinheiros na Zona Oeste de São Paulo serem as que mais tinham casos confirmados de coronavírus, não são as que mais concentram mortes. A Zona Leste lidera o total de mortes com 499 óbitos; na Zona Norte, 289; na Zona Sul, 253; na Zona Oeste, 91; e no Centro, 61 óbitos.

Estado de São Paulo

Até esta quarta-feira (16), o número de mortes confirmadas por coronavírus no estado de São Paulo chegou a 778, com casos confirmados de 11.043 pessoas. Segundo a Secretaria da Saúde isso significa 81,7% de aumento de mortes na última semana, pois na quarta passada haviam sido contabilizadas 428 mortes.

Apesar da maioria dos casos se concentrar na capital, já são 199 cidades do estado de São Paulo com pelo menos um caso de coronavírus e 78 municípios com pelo menos uma morte. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 79,8% do total.

Não bastassem esses números revoltantes, aonde se esconde cada vida com todo seu valor individual, o sistema de saúde já esta sobrecarregado para cuidar dos que estão doentes, consequência da precarização da saúde pública ao longo de todos esses anos de medidas neoliberais, passando pelos governos petistas até chegar ao inimigo do povo pobre, Doria (PSDB).

A taxa de ocupação das UTI’s dos hospitais mais procurados na capital varia de 62% a 100%. Confira as taxas de hospitais da capital com grande ocupação de leitos em UTI e enfermaria divulgadas em coletiva de imprensa na tarde de ontem (terça, 15):

Hospital Emílio Ribas: 100%
Hospital Geral de Pedreira: 87%
Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha: 86%
Hospital das Cínicas: 83%
Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos: 67%
Hospital São Paulo: 62%

Apenas uma alternativa construída a partir da mobilização independente da classe trabalhadora pode oferecer uma saída para essa crise sanitária e econômica. É preciso exigir que os sindicatos mobilizem os trabalhadores para que possamos colocar de pé um plano de emergência que possa garantir que sejam efetuados testes massivos para realizar uma quarentena racional, que garanta a proibição das demissões para que a crise não seja paga pelos trabalhadores e garantir uma remuneração de pelo menos 2 mil reais para os trabalhadores informais e sem emprego.




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