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Aos 90 anos faleceu um dos líderes da Revolução Cubana. O anúncio foi dado por seu irmão Raul. Presidente da ilha por quase meio século, sobreviveu a mais de 600 atentados organizados pela CIA.

sábado 26 de novembro de 2016 | Edição do dia

Em uma mensagem televisiva em rede nacional, o atual presidente cubano Raul Castro anunciou a morte de seu irmão Fidel, um dos líderes da Revolução Cubana e protagonista da política mundial durante os últimos 60 anos.

No fim da noite de sexta-feira Raul anunciou, “com profunda dor”, que “às dez e vinte e quatro da noite, faleceu o Comandante em chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz. Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados. Nas primeiras horas da manhã, sábado 26, a Comissão Organizadora dos Funerais descreverá ao nosso povo uma informação detalhada sobre a organização da homenagem póstuma que se tributará ao fundador da Revolução Cubana. Até a vitória, sempre!”

Por trás de quase meio século ocupando a presidência de Cuba e tendo sofrido mais de 600 atentados organizados pela CIA, Fidel Castro delegou seu cargo em 19 de fevereiro de 2008 a seu irmão Raul. Em 2006 fez uma cirurgia intestinal de urgência que logo lhe faria tomar a decisão de afastar-se do cargo que ocupava. Esta complicação intestinal fez que o líder cubano tivesse nove operações e estivesse próximo da morte em reiteradas oportunidades aumentando as especulações sobre o que ocorreria na ilha depois de sua morte.

Desde então nunca mais apareceu em público, mas sim em inúmeras fotos e através de sua coluna no diário “Granma” onde demonstrava aos que o acreditavam que estaria morto não só que estava vivo, senão que seguia analisando o que acontecia na ilha e no mundo.

Sua última grande coluna e carta foi ante a chegada do presidente imperialista Barack Obama na ilha, depois das promessas de encerramento do bloqueio econômico por parte dos Estados Unidos à Cuba.

Reivindicado como um dos ícones por grande parte da esquerda mundial e atacado como um ditador por seus detratores e inimigos, Fidel se manteve durante os últimos anos como uma espécie de “voz moral” da revolução a partir de suas colunas publicadas no Granma. A partir dali questionou muitas das maiores aberrações do imperialismo, o criminoso bloqueio contra a ilha, as guerras e a desigualdade. Mas também defendeu a abertura do mercado impulsionada pelo seu irmão Raul e a política de restauração capitalista que veio se aprofundando desde o restabelecimento das relações com Estados Unidos.




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