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NOVO MINISTRO DA EDUCAÇÃO | Ministro novo, ataque velho à educação

Após a saída de Weintraub do cargo de Ministro da Educação, Bolsonaro cogita “novo” nome para substituí-lo, Renato Feder, secretário de educação do Paraná, mas não vamos nos iludir, ele já é um “velho” conhecido na política.

terça-feira 23 de junho de 2020 | Edição do dia

Imagem: Reprodução internet

Feder é administrador de empresas e mestre em Economia, já defendeu a extinção da pasta e a privatização da rede de ensino no Brasil, ideias das quais ele publicou em seu livro escrito em coautoria com o empresário Alexandre Ostrowiecki, da Multilaser, em 2007, chamado ‘Carregando o Elefante – Como transformar o Brasil no país mais rico do mundo’. Hoje, a obra é renegada pelo secretário, que disse em 2019 ter mudado de ideia sobre as propostas, mas será mesmo?

Essa possível escolha do Bolsonaro nos mostra sua clara tática de querer se aliar a mais nomes do Centrão, para fortalecer uma base no Congresso, usando pessoas que deixem bem explícito que não pensam duas vezes em implementar ataques a educação e aos trabalhadores. Feder é um nome bem certeiro para isso

“Todas as escolas e universidades públicas devem ser privatizadas e o governo deve financiar a educação fundamental por meio de um sistema de vouchers. Além do valor recebido do Estado, cada escola deveria ter autonomia para determinar o preço que quer cobrar adicionalmente à verba do governo”, defenderam os autores. “Ou seja, se determinada escola possui mais candidatos do que vagas, ela pode cobrar um valor adicional para que se estude nela. Usando-se esse valor adicional como regulador, a demanda pela escola em questão será ajustada para a oferta disponível”.

Esse trecho do livro de Feder mostra seu projeto antigo, uma visão de um empresário que quer privatizar a educação e implementar ataques mais brutais, afirmando que a questão do preço é ‘um pouco cruel’ mas ‘isso já ocorre hoje em dia, com o agravante que as escolas de base são hoje de péssima qualidade’. Vemos seu lado reacionário e seu descaso com a juventude, em especial a juventude precarizada que em sua maioria é negra e periférica
Não vamos nos enganar com Feder que diz renegar seu passado, mas que na prática sabemos que não. Confiamos então em nossa força, em nossa luta, é preciso construir desde as bases dos cursos em cada universidades uma verdadeira força dos estudantes que busque se ligar a classe trabalhadora dentro e fora destas faculdades para responder aos problemas da educação.

É preciso nos inspirar e nos somar à paralisação do 01 de julho, que está sendo chamada pelos milhares de jovens trabalhadores de aplicativo, esses mesmos jovens que mais sofrem com os ataques na educação, para impor com a luta um projeto de educação que sirva aos trabalhadores e à juventude negra, indígena e LGBT contra a precarização do trabalho, da educação e da vida.




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