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ARBITRARIEDADE DO JUDICIÁRIO | Ministro do STJ manda soltar Joesley Batista escancarando a arbitrariedade do judiciário

O ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Nefi Cordeiro, mandou soltar o empresário da J&F Joesley Batista nesta segunda-feira (12), que estava envolvidos na operação Capitu, desdobramento da Lava Jato. O ministro justificou que os fatos atribuídos aos delatores são antigos e que por isso não há necessidade em mantê-los presos. Deixando bem claro a total arbitrariedade do poder judiciário.

segunda-feira 12 de novembro de 2018 | Edição do dia

O ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Nefi Cordeiro, mandou soltar o empresário da J&F Joesley Batista nesta segunda-feira (12), três dias após a prisão pela Polícia Federal. O empresário e mais 17 pessoas teriam sido presas na sexta-feira (9) na Operação Capitu acusados de envolvimento em esquema entre o grupo J&F e o Ministério da Agricultura entre 2014 e 2015. A soltura de todos os acusados revela, mais uma vez, a enorme arbitrariedade do poder judiciário no país.

A Operação Capitu é um desdobramento da Operação Lava Jato, responsável por investigar suspeitas que a empresa JBS, do grupo J&F, teria pago propina a políticos do MDB durante o governo de Dilma Roussef. O esquema envolvia o Ministério da Agricultura, que teria prometido aprovar medidas que favoreceram a empresa em troca do dinheiro.

O ministro justificou que os fatos atribuídos aos delatores são antigos e que por isso não há necessidade em mantê-los presos. Porém, fica evidente a arbitrariedade do judiciário e de toda a operação Lava Jato que se mostra cada vez mais que não tem nada haver com “combate à corrupção”, mas sim, substituir um esquema de corrupção por outro, permitindo a entrada do capital imperialista sobre estruturas estratégicas da economia nacional (infra-estrutura e petróleo, por exemplo). Toda as manobras e falta de imparcialidade do judiciário e da Lava Jato, mostra todo um caráter político e autoritário para aprofundar o golpe institucional, onde manipularam as eleições até o fim. Com Lula que era o principal candidato com mais de 40% das intenções de votos , foi preso sem ter provas concretas e teve todo o tipo de censura durante sua campanha eleitoral, e no fim teve sua candidatura impugnada.

Com o crescimento das intenções de voto no Haddad, Sérgio Moro, principal agente do golpe institucional, divulgou a delação de Palocci exatamente uma semana antes das eleições para do 1° turno, e influenciou bastante os resultados. O mesmo Moro que depois de ter ganhado do presidente eleito de extrema direita Bolsonaro, um superministério, disse que o deputado Onyx Lorenzoni, que faz parte da equipe de Bolsonaro, mesmo ter confessado crime de corrupção e ter usado dinheiro oferecido pela própria JBS, disse que está tudo bem pois ele “confessou e pediu desculpas”. Deixando ainda mais claro a total arbitrariedade da Lava Jato.

Vemos assim, que o interesse do judiciário e da operação Lava Jato nunca foi em combater a corrupção, e sim, seguir com os planos neoliberais em entregar os recursos naturais ao capital estrangeiro, e aplicar reformas e ataques contra a classe trabalhadora. Querendo que os trabalhadores percam seus direitos, enquanto os capitalistas continuam lucrando em cima de seus trabalhos.

Diante de toda essa conjuntura reacionária e retirada de direitos, A mera luta parlamentar que é a aposta do PT e que já se mostrou derrotada, está muito longe da força necessária para fazer a burguesia e o governo tremerem, retrocedendo com seus ataques (ao contrário, foi a abertura que os governos do PT deram à direita que abriu espaço aos golpistas). É preciso que as centrais sindicais impulsionem a construção de comitês de base em cada local de trabalho e estudo, com a classe trabalhadora tomando essa luta em suas mãos e, nas ruas, barrar Bolsonaro e seu governo, que pretende ser a continuidade violenta dos ataques de Temer.




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