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GOVERNO BOLSONARO | Ministro da saúde de Bolsonaro é obrigado a recuar de ataque às comunidades indígenas

Após inúmeras mobilizações pelo país, Mandetta recua da proposta de incorporar a Sesai a nova Secretaria Nacional de Atenção Básica.

segunda-feira 1º de abril de 2019 | Edição do dia

Após defender que a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) fosse incorporada a nova Secretaria Nacional de Atenção Básica e Indígena, criada esse ano como proposta do governo de Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, ministro da saúde, recua de sua posição com um discurso demagógico postado em vídeo nas redes sociais “Os índios achavam que deveriam permanecer como Secretaria Especial de Saúde Indígena. O Ministério achava que deveria somar à nova Secretaria Nacional de Atenção Básica e Indígena, para ficar mais forte. Como os índios acham que devem permanecer – porque isso é uma luta histórica, porque isso é simbólico, e porque ali se reforça a sua cultura, a sua identidade – nós vamos manter a Sesai, a pedido do cacique Raoni e do Megaron e de todas as comunidades”.

Mandetta, indicado para assumir o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro mesmo sendo alvo de um inquérito por possível fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois, no período que permaneceu na Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (MS), defende o mesmo projeto de governo que Bolsonaro, a extrema direita e o imperialismo: ataques a todos os setores oprimidos para manter os interesses dos grandes empresários e do capital estrangeiro, sendo os indígenas um dos principais alvos desses ataques.

Nos inúmeros protestos feitos pelas comunidades indígenas, que perpassaram o estado do Amazonas, Acre, Ceará, Mato Grosso, Pará, Roraima, São Paulo, entre outros, segundo informou a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), foi feito o pedido de que a Secretaria Especial de Saúde Indígena não fosse extinta pois, na prática, a Sesai seria incorporada a Secretaria Nacional de Atenção Básica, ficando sem autonomia de gestão, dependendo da descentralização de recursos para a atenção à saúde nas comunidades, e se concentrando no orçamento dos municípios ou dos governos estaduais.




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