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EXONERAÇÕES NO MINC | Ministro da Cultura do golpista Temer prossegue com retaliação na área

Um dia após desocupar a sede do edifício do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro, o ministro Marcelo Calero dá continuidade aos ataques na cultura. O ministro de Temer exonerou 81 funcionários da pasta.

quarta-feira 27 de julho de 2016 | Edição do dia

Mesmo tendo retrocedido em sua intenção original de eliminar completamente o Ministério da Cultura, o governo golpista de Temer segue perseguindo a área. No dia seguinte à desocupação da sede do Ministério no Rio de Janeiro, o ministro da pasta, Marcelo Calero, promoveu a demissão em massa de 81 funcionários da pasta, incluído toda a cúpula da Cinemateca.

As demissões são obviamente uma punição ao setor que mais agudamente se levantou em combate ao governo ilegítimo de Temer. Num de seus primeiros atos como presidente, Temer propôs acabar, entre outros, com o Ministério da Cultura, o que suscitou numa onda de ocupações, país afora, dos prédios ligados MinC. Diante disso Temer foi obrigado a recuar, apenas colocando então como ministro Marcelo Calero. Se de início o ministro se colocou por uma saída dialogável, dando declarações de que “de maneira nenhuma” pediria a reintegração de posse dos prédios do ministério, agora não só já desocupou as instalações através da Polícia Federal, como prossegue num processo de retaliação ao setor que mais enfaticamente se colocou pelo “Fora Temer”, alegando que está promovendo o “desaparelhamento” da pasta.

Entre os exonerados estão Wagner Tiso Veiga, que deixa o cargo de diretor do Museu Villa-Lobos, e a chefe de gabinete da Biblioteca Nacional, Angela Fatorelli. Da Cinemateca, além da coordenadora geral Olga Futemma, foram exonerados os coordenadores Alexandre Myazito, do Centro de Documentação e Pesquisa; Adinael de Jesus, do Laboratório de Som e Imagem; Daniel Albano, de Planejamento e Administração; e Nacy Hitomi Korim, do Núcleo de Programação.

A Cinemateca é a entidade responsável pela preservação do acervo audiovisual brasileiro e já chegou a contar com cerca de 150 funcionários até 2013. Hoje, são em torno de 30 –todos ocupando cargos técnicos e admitidos por meio de um contrato com a Acerp, Organização Social que atualmente gere as contratações no órgão.




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