No final da tarde de ontem (segunda feira 30/03) o Ministério de defesa publicou uma nota exaltando a ditadura militar brasileira. A “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de março de 1964” inicia reivindicando a ditadura como um “marco para a democracia brasileira”.
terça-feira 31 de março de 2020 | Edição do dia
No final da tarde de ontem (segunda feira 31/03) o Ministério de defesa publicou uma nota exaltando a ditadura militar brasileira. A “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de março de 1964” inicia reivindicando a ditadura como um “marco para a democracia brasileira”.
A nota é cheia de absurdos históricos dignos da ultradireita obscurantista, igualando a revolução russa de 1917 com a Alemanha Nazi de Hitler. Ignorando o papel do imperialismo norte-americano na instauração de regimes ditatoriais na américa latina o ministro de defesa chama de “Ingredientes utópicos embalavam sonhos com promessas de igualdades fáceis e liberdades mágicas, engodos que atraíam até os bem-intencionados” os processo revolucionários surgidos na região contra a barbárie capitalista, por um mundo sem classes nem exploração. E o buraco é mais embaixo, afirmando na nota que o golpe de 1964 foi uma decisão da sociedade brasileira. “Os brasileiros escolheram” afirma a bizarrice do ministério da defesa negando todas as atrocidades de torturas e assassinatos da ditadura militar, como se fosse o caminho natural escolhido pela “democracia brasileira”.
O absurdo de querer apagar essas atrocidades da história continua afirmando que a Lei de Anistia de 1979 foi um “pacto de pacificação. Um acordo político e social” quando na verdade é uma lei que mantem os assassinos e torturadores das forças armadas e os civis responsáveis pela ditadura impunes até o dia de hoje quando estes deveriam ser julgados e condenados e todos esses crimes expostos perante a sociedade.
O “movimento de 1964” nada tem de democrático, foi um golpe militar sanguinário que torturou e assassinou milhares de pessoas que foi implementado se apoiando no imperialismo norte americano para manter os interesses da burguesia brasileira mesma classe que hoje prefere sacrificar milhares de vidas na crise do coronavírus do que abrir mão de qualquer mínima porcentagem dos seus lucros.
