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SÃO PAULO | Milhares vão as ruas contra aumento da passagem, desafiando tentativa de repressão por Doria

quinta-feira 10 de janeiro de 2019 | Edição do dia

O governador tucano João Doria apoiador do reacionário Jair Bolsonaro se apressou em mostrar serviço e mobilizar um imenso e recorde aparato repressivo para tentar amedrontar a juventude que foi às ruas em São Paulo no dia de hoje protestando contra a extorsiva passagem de R$4,30.

Milhares foram as ruas de São Paulo desafiando o clima repressivo que os tucanos instalaram no entorno do ato. A juventude que foi às ruas conseguiu furar o cerco policial e caminhar rumo à Avenida Paulista. Em Belo Horizonte também aconteceu uma manifestação contra o aumento das passagens nesta noite.

Concentração do ato

Cerco da PM ao ato

João Doria mobilizou um imenso contingente policial, armando sistematicamente uma situação para reprimir e amedrontar: deslocando um imenso e recorde contingente policial, fardado como o exército, encapuzados, e tentando impedir que a manifestação tomasse as ruas, cercando-a e tentando forçar a que se limitasse a ruas e praças onde não há circulação de carros.

Saiba mais sobre o gigantesco contingente mobilizado por Doria e o uso de roupas militares pela PM

A ameaça de repressão feita por Doria ilustra o que os governos dos capitalistas buscam fazer para tentar impedir o desenvolvimento de uma raiva contra esse roubo ao bolso dos trabalhadores, mesma violência empregada pelo prefeito tucano Bruno Covas no dia 26/12 para conseguir aprovar sua reforma da Previdência Municipal. As passagens aumentam mais que a inflação enquanto os salários estão congelados no funcionalismo público, congelados ou retraindo na iniciativa privada fruto do desemprego recorde que é aproveitado pelos empresários para aumentar seus lucros, e também no caso do salário mínimo por Bolsonaro que tomou como uma de suas primeiras medidas de governo cortar o reajuste deste salário que já é de miséria.

A tentativa de amedrontar a juventude é uma tentativa de impedir o desenvolvimento da raiva aos ataques de Bolsonaro e de cada governo estadual, municipal e dos empresários, e é parte da preparação do Estado para a aprovação da reforma da previdência que promete arrancar 9 anos da vida dos trabalhadores.

O aumento abusivo da passagens em São Paulo e outras capitais está à serviço de continuar e aprofundar a privatização dos transportes públicos e aumentar o lucros dos empresários, entre eles os gigantes da Camargo Correa, aquela mesma empreiteira da Lava Jato, mas que nas privatizações tucanas fica intocada por Sérgio Moro e comparsas. A Camargo Correa é a maior acionista desta emprega gigante que administra as linhas privatizadas do metrô em SP e boa parte das estradas privatizadas pelo país.

A privatização do transporte público tem resultado inclusive em mortes evitáveis como do menino Luan, como denunciou o sindicato dos metroviários de São Paulo em nota que pode ser lida aqui.

É possível e necessário derrotar o aumento das passagens e preparar a luta para derrotar a reforma da Previdência de Bolsonaro, para isso é urgente que as centrais sindicais abandonem seu silêncio ensurdecedor e traidor frente aos ataques dos governos. O MRT, organização política revolucionária que impulsiona o Esquerda Diário, coloca toda sua energia para desenvolver a organização dos trabalhadores e da juventude em cada local de estudo e trabalho onde chegamos para organizar a luta contra esses ataques e exigir ações urgentes dos sindicatos e centrais sindicais.

É necessário organizar a juventude e os trabalhadores para barrar o aumento da tarifa com uma luta real onde a entrada em cena dos trabalhadores com seus métodos de mobilização pela base, atos de rua e greves imponham verdadeiramente um programa que fortaleça a aliança entre trabalhadores do transporte com a população para lutar por um transporte público, gratuito gerido pelos trabalhadores e com controle popular.




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