A coordenadora da Polícia Comunitária de Olinala, na província de Guerrero, Nestora Salgado, está em greve de fome desde a terça-feira da semana passada.
segunda-feira 18 de maio de 2015 | 10:46
A coordenadora da Polícia Comunitária de Olinala, na província de Guerrero, Nestora Salgado, está em greve de fome desde a terça-feira da semana passada.
Segundo seu esposo, José Luis Ávila Baez, “Nestora Salgado não está disposta a suportar mais e chegará às últimas consequências”.
Baez se refere à prisão política, injusta, em que encontra sua companheira, desde 21 de agosto de 2013.
A companheira Nestora, que já é avó, se encontra detida em Tepic, Nayarit, em uma prisão de alta segurança, como se fosse uma criminosa de alta periculosidade. No entanto, sobre Nestora pesa a acusação de sequestro quando desempenhava suas funções na polícia comunitária de Guerrero, coisa que sabemos ser uma invenção que nunca foi provada. Nestora continua detida sem que tenha sido julgada nem tampouco condenada, em uma situação judicial absurda, somente explicável como prisão política imposta pelo governo de Enrique Peña Nieto.
Em declaração ao Revolución Tres Punto Cero, Baez, esclareceu que Nestora “disse que está cansada das violações em seu processo, das humilhações na prisão, de que não lhe deem seus medicamentos, de que o governo federal não tenha cumprido as medidas cautelares que a Corte Interamericana de Direitos Humanos emitiu”.
Após vários dias, não temos nenhuma informação sobre o estado de saúde de Nestora. A manutenção de sua prisão, sem julgamento, tem o objetivo de calar a voz dessa companheira, cujo crime foi tomar em armas para defender a população de sua cidade, contra a impunidade dos narcotraficantes que operam em todo o México e ameaçam, principalmente, as famílias mais pobres (veja matérias anteriores).
Conforme declarou um ativista do Comitê Nestora Livre ao Esquerda.net: “É fundamental que neste momento, em todo mundo, se organize uma atividade de solidariedade, com protestos nas embaixadas mexicanas em todos os países. Também são fundamentais as moções de apoio, das organizações dos trabalhadores e também dos parlamentares de esquerda e democráticos”.
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