O vídeo da prisão arbitrária de Giovanni López, assassinado pela polícia mexicana sob o argumento de não usar máscaras, circula nas redes e vem causando revolta no país.
sábado 6 de junho de 2020 | Edição do dia
Esse fato aumenta a rejeição à repressão policial que ocorre em todo o mundo após o caso de George Floyd.
O caso ocorreu no dia 04 de maio, mas as imagens do caso só foram reveladas essa semana. Giovanni López, que era pedreiro, saía com sua família para jantar nesta noite, quando foi interceptado por uma patrulha policial sob o argumento de não usar máscara.
O governador local, que foi eleito sob a bandeira da repressão e violência, promulgou uma lei em abril obrigando o uso de máscara nas vias públicas.
Sob essa argumentação e forte truculência(relatos de diversas pessoas em volta dizem que Giovanni já foi agredido assim que chegaram os policiais) levaram e o prenderam.
Sua família só teria notícias referentes a Giovanni no dia seguinte e ela seria brutal. Ele foi morto e seu corpo se encontrava num hospital local. Segundo um correspondente do jornal Britânico The Guardian a autópsia da morte relata traumatismo craniano. Seu pé ainda tinha uma marca de tiro.
George Floyd e Giovanni López, duas facetas de uma mesma violência policial
A divulgação do caso e do vídeo de sua prisão esta semana gerou uma imensa revolta nas redes sociais do país. Uma marcha exigindo “Justiça para Giovanni” foi convocada e logo foi aderida por diversas pessoas e tomou as ruas de diversas cidades do país.
Contagiados pelas manifestações que acontecem no seu país vizinho do norte, os EUA, os manifestantes saíram às ruas, mesmo em meio a pandemia. Mostrando que assim como lá e em diversos países a polícia é tão assassina quanto no México e outros países do mundo, onde diversos manifestantes também vem saindo às ruas para demonstrar descontentamento com suas polícias e seus governantes.
Todos esses casos mostram que ao contrário do que tentam vender os governantes a polícia sempre cumpriu um papel de cuidar dos interesses da burguesia e dos ricos e nada tem a ver conosco.
