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READMISSÃO METROVIÁRIOS | Metroviários realizarão ato pela reintegração dos demitidos políticos e em defesa do direto de greve

segunda-feira 6 de junho de 2016 | Edição do dia

Foi no mesmo dia 09 de junho, há dois anos, que se encerrava uma das greves mais fortes dos últimos 20 anos que a categoria realizou, se enfrentando não somente com a diretoria do Metrô, mas também com o governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB), com a presidente do país na época Dilma Rousseff (PT) e os aliados da FIFA que então estavam interessados em garantir condições plenas e seguras para realizar o jogo de abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians. E justamente por enfrentar e desafiar tamanhos poderes que a resposta foi à altura: repressão policial com a invasão da Polícia Militar e seu batalhão de choque para desarticular os piquetes nas estações e repressão política com 42 metroviários demitidos depois de 4 dias de greve.
De lá para cá já foram reintegrados 5 funcionários que obtiveram na justiça o direito legal de voltar ao seu posto de trabalho e exercer sua função plenamente. Os 37 restantes aguardam decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) depois de ganharem a causa na 1ª e na 2ª instância com sentenças que apontam a arbitrariedade da empresa em demitir “por justa causa” e indicam que devem ser anuladas por falta de provas concretas que justifiquem tais demissões. A segunda sentença inclusive respalda a ação dos metroviários, pela lei de greve, lei essa que somente foi promulgada na constituição de 88 pela pressão exercida pelo movimento operário da década de 70 e 80.
Foram convocadas algumas centrais sindicais como a CUT, CTB, CSP-Conlutas, Intersindical e também alguns trabalhadores demitidos políticos de outras categorias, como petroleiros, funcionários da USP, da Sabesp, para comporem a mesa da atividade e prestarem total solidariedade aos companheiros demitidos.
É fundamental que nesse momento de crise que atravessa o país, com o governo golpista de Michel Temer (PMDB) anunciando pacotes de reformas (fiscal, previdência, trabalhista) que somente atacam os trabalhadores, nós possamos tirar lições das lutas passadas para avançarmos e nos unirmos em torno de um programa comum que ataque os privilégios da casta política parasitária e coloquemos os serviços básicos de transporte, saúde, educação e todas as questões e problemas de fundo do nosso país numa Assembleia Constituinte Livre e Soberana, para responder e dar soluções às demandas elementares da nossa sociedade.
Participe do ato-debate! Próxima quinta feira, dia 09 de junho, às 18 horas na quadra do sindicato dos metroviários de São Paulo, próximo à estação Tatuapé.




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