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METROVIÁRIOS | Metroviários preparam luta contra ajustes de Alckmin

Thiago MathiasSão Paulo |

terça-feira 23 de fevereiro de 2016 | 00:27

É um sucateamento generalizado. A situação do transporte está insustentável para os trabalhadores do Metrô e a população. O quadro operativo foi reduzido drasticamente nas estações e trens, a empresa está retirando funcionários sem reposição, está trocando funcionários de escalas de trabalho de 36h por escalas de 40h, causando sobrecarga de trabalho e acúmulo de licenças por doenças laborais.

As empresas terceirizadas de recarga do Bilhete Único também tiveram seus contratos cancelados causando demissões e filas gigantescas nas bilheterias que se agravaram com a mudança de tarifas e a constante falta de troco.

Em janeiro, a empresa terceirizada de limpeza Higilimp, em acordo com o Governo do Estado, pediu falência, deixando milhares de trabalhadoras sem seus direitos. Isso afetou diretamente o Metrô que está com acúmulo de lixo nas estações e sobrecarregando trabalhadoras de outras empresas contratadas para fazer o serviço que antes era feito pela Higilimp.

O Governo do Estado anunciou o parcelamento da participação nos resultados, alegando "falta de verbas" e o "não cumprimento das metas de expansão". O pagamento deve ser feito no dia 28 de fevereiro, como todos os anos, mas a direção do Metrô de SP não quer pagar integralmente.

Além disso foram canceladas as férias de todos os trabalhadores em março e transferidas para o segundo semestre além de alteração nas datas de pagamento dos salários de todos os metroviários.

Governo Alckmin rouba merendas, superfatura trens e retira direitos dos metroviários

Além de não expandir a linha de trens devido ao desvio escancarado de verbas públicas às empresas Alstom e Siemens, e diversos escândalos de fraude nas licitações das obras da Linha 5, Geraldo Alckmin utiliza a sua politica criminosa para justificar o não pagamento de direitos aos trabalhadores do Metrô de SP.

Em carta aos metroviários, a empresa, dirigida de cabo à rabo pelo PSDB, pede "compreensão" dos trabalhadores à situação de crise. Estes burocratas da estatal ligada ao PSDB se calam em relação aos escândalos do trensalão tucano e ao escândalo das merendas. Existe dinheiro para saquear as merendas de crianças mas não para pagar direitos trabalhistas.

O atraso do pagamento da PR e cancelamento das férias está ligado à necessidade de Alckmin passar custos do ano fiscal de 2015/2016 para o ano seguinte, fazendo a famosa "pedalada fiscal". Os metroviários não podem deixar este abuso ocorrer e devem sair em luta assim como os estudantes das escolas estaduais não permitiram a reforma ano passado.

Os metroviários podem ir à greve

Nesta semana os metroviários estão debatendo medidas de luta e resistência em seus locais de trabalho devido os anúncios de diversas medidas de ajuste do Governo de São Paulo contra os trabalhadores.

Foi votado um "Estado de Greve" no último dia 16/02 houve assembléia com cerca de 350 trabalhadores que aprovaram um plano de mobilização até o dia 29/02 quando avaliarão medidas mais radicalizadas e a aprovação de uma greve a partir do dia 01 de março.

Entre outras medidas também haverá um protesto no Pátio do Capão Redondo dia 23/02 às 7h e outro no dia 25/2 na sede do Metrô (Rua Boa Vista, 175) com concentração a partir das 15h, na estação Sé.




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