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Metroviários pedem liberdade para Rafael Braga

quinta-feira 10 de agosto de 2017 | Edição do dia

Em assembleia realizada na última terça-feira, cerca de 200 metroviários de Pão Paulo pronunciaram uma moção de repúdio contra a decisão contrária a negativa de Habeas Corpus para Rafael Braga (que permitiria que o mesmo respondesse em liberdade o processo que ele sofre), único preso desde as manifestações de 2013, quando foi preso a portar uma garrafa de pinho sol. Em uma assembleia que foi marcada pela organização da luta dos metroviários contra a privatização e a terceirização do metrô, a categoria abriu espaço para se colocar com parte desta importante bandeira democrática, que é a luta de Rafael Braga contra a justiça e a polícia racistas. Rafael Braga foi condenado a 11 anos de prisão. O caso se torna ainda mais emblemático, uma vez que alguns os desembargadores envolvidos com a decisão não apenas proferiram sentenças favoráveis em casos muito mais graves, como reverter penas em casos de assassinato para trabalho comunitário.

A moção apresentada pelo Movimento Nossa Classe a diretoria do Sindicato dos Metroviários foi a seguinte:

“Na tarde de hoje foi negado o pedido de habeas corpus a Rafael Braga. Preso em 2013 em meio às jornadas de mobilização daquele Junho histórico, a recusa ao habeas corpus é mais uma demonstração do caráter racista da justiça burguesa. Aos políticos comprovadamente corruptos são dadas todas as garantias jurídicas e todo tipo de regalia e privilégio. A Rafael Braga, jovem negro, preso por haver portado Pinho Sol, nenhum direito.

A mesma justiça que demite os lutadores do Metrô, que fecha os olhos aos escândalos de corrupção envolvendo a privatização das linhas, à busca incessante de precarização do trabalho, é a mesma que mantém Braga preso.

Liberdade imediata a Rafael Braga!”

Marília Rocha, diretora do Sindicato dos Metroviários, que também é uma das demitidas da categoria, e integrante do Movimento Nossa Classe deu a seguinte declaração ao Esquerda Diário: “O caso do Rafael Braga mostra o quanto não devemos ter nenhuma confiança na Justiça, pois a mesma justiça que nega o Habeas Corpus de Rafael Braga é o mesmo que mantêm os metroviários que estiveram a frente da histórica greve de 2014 demitidos, mesmo não havendo nenhuma prova contra eles. A justiça tem lado, e não é o dos trabalhadores ou da população negra.”

Outro demitido Aguiar, que propôs na Assembleia a moção de repúdio também declarou: “Temos que tornar o caso do Rafael Braga um caso de repercussão nacional, e eu acredito que todos os sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais deveriam seguir o exemplo dos metroviários e urgentemente não apenas se posicionarem contra a negação do Habeas Corpus de Rafael Braga, mas organizar campanhas em cada um desses locais pela imediata libertação de Rafael. Não devemos permitir que ele passe nem mais um dia preso e a mobilização dos trabalhadores possui a força necessária para reverter isso.”

Pela Liberdade imediata de Rafael Braga!!! Abaixo a justiça racista!!




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