Segunda rodada de negociações aconteceu nessa quinta. Metrô de SP mantém sua pauta de ataques. Em assembleia, metroviários decidem entrar em estado de greve a partir desta sexta feira.
sexta-feira 12 de abril de 2019 | Edição do dia
Nesta quinta feira, 11, aconteceu a segunda rodada de negociações entre o Metrô de SP junto aos representantes do sindicato dos metroviários e da comissão de negociação. A empresa seguiu sem ceder em nenhum ponto e mantém seus ataques ao plano de saúde, nenhum reajuste salarial e retirada de direitos.
Em assembleia realizada no mesmo dia, os metroviários decidiram decretar estado de greve a partir desta sexta. Veja todas as resoluções votadas:
– 15/4: Uso do colete (Estação e Tráfego) e adesivo (Segurança, Administração e Manutenção). Não realizar horas extras nem quebra galhos
– 15/4: Café com usuário na estação Tatuapé, às 17h e campanha com abaixo-assinado contra a reforma da Previdência
– 16/4: Café com usuário na estação Jabaquara, às 17h e campanha com abaixo-assinado contra a reforma da Previdência
– 17/4: Reunião de negociação com a empresa
– Participação no 1º de Maio Unificado, a partir das 10h, na Praça da República
– Assembleia em 17/04
Para Rodrigo Tufão, operador de trem da linha 15:
“Nós, do Movimento Nossa Classe, viemos alertando à categoria que a estratégia da cúpula das principais centrais sindicais não é resistir em base à mobilização, mas sim negociando, em particular com Maia, como faz a Força Sindical e a UGT. Defendemos que a CTB e a CUT rompam imediatamente a trégua com o governo, convocando assembleias de base e propondo um plano de luta sério que construa efetivamente uma paralisação nacional contra a Reforma da Previdência e os ataques do Bolsonaro e Doria, unificado com as demais categorias. Isso levaria a dar condições concretas para que nós metroviários possamos vencer os ataques do Metrô nessa campanha salarial. Os setores da esquerda como o PSOL, e a CSP- Conlutas, ao invés de cobrirem pela esquerda essa política traidora das centrais, devem fortalecer essa exigência, afinal, a unidade se constrói com mobilização na base, combatendo a divisão que os governos querem impor à nossa classe, e não com um discurso e acordos de boas intenções."
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