Em assembleia realizada no dia de ontem, 7/4, os metroviários de SP aprovaram para o próximo dia 20/4 uma greve sanitária em defesa das vacinas para os trabalhadores do Metrô e dos transportes.
sexta-feira 9 de abril de 2021 | Edição do dia
Foto: Renato Lobo
Em assembleia realizada no dia de ontem, 7/4, os metroviários de SP aprovaram para o próximo dia 20/4 uma greve sanitária em defesa das vacinas para os trabalhadores do Metrô e dos transportes. Na linha de frente, sem vacinas e sem parar um dia sequer de trabalhar desde que se iniciou a pandemia, os trabalhadores dos transportes estão cotidianamente expostos ao coronavirus, sendo os transportes o segundo lugar de maior contaminação no país depois dos hospitais, podendo estes trabalhadores serem transmissores do vírus para a população que utiliza cotidianamente o transporte público.
Entre os metroviários está ocorrendo uma explosão no número de casos e mortes, em meio ao pico vivido em todo o país fruto do negacionismo de Bolsonaro, mas também da demagogia do congresso, do STF e de governadores como Dória, que ao contrário de garantir condições seguras aos trabalhadores e usuário dos transportes, que estão lotados, aproveita a pandemia para avançar na retirada de direitos e na privatização e terceirização.
O Metrô de SP até hoje se nega a passar o número oficial dos trabalhadores contaminados de covid, mas no Metrô de SP ao menos 1146 trabalhadores já foram afastados por terem contraído o vírus ou por suspeita, e 22 morreram somente no transporte metroviário da empresa estatal (Linhas 1, 2, 3 e 15), fora outras centenas ou milhares de contaminados ou mortos no metrô privado e entre motoristas e cobradores de ônibus em SP.
Contabilidade realizada pelo Sindicato dos Metroviários de SP atualizada em 8/4/21 às 20h
Podemos ver também outras dezenas de manifestações e categorias dos transportes indicando mobilizações, protestos e paralisações de rodoviários em todo país como no Distrito Federal, em Maceió, Maringá, Campos do Jordão, Bauru. A cada dia que passa mais trabalhadores do transporte se organizam e indicam paralisações, greves e ações contra os ataques da patronal e as mortes por covid. Há uma explosão de ataques aos trabalhadores do transporte de todo o país e é necessário unificar todas essas lutas e golpear a patronal com um só punho.
Diante da situação em meio ao pico da pandemia, transporte lotado e o aumento vertiginoso de contaminação entre os metroviários, com numerosas mortes nas últimas semanas é necessário expressar apoio nesse momento aos trabalhadores dos transportes. É necessário que estes sindicatos que dirigem estas categorias dos transportes e as centrais sindicais, como CUT e CTB, construam pela base estas lutas e as unifique numa só luta. Estas lutas merecem todo o apoio da classe trabalhadora porque podem ser um ponto de apoio para o combate à está catástrofe da pandemia que estamos passando no Brasil.
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