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Metrô BH | Metroviários de BH deflagram greve a partir de segunda-feira contra a privatização do metrô

Além de denunciarem o processo de venda do metrô de BH orquestrada pelo governador Zema e pelo governo Bolsonaro e Mourão, os grevistas também lutam contra o aumento das passagens e por uma tarifa popular para que a população tenha o direito de usar o serviço de transporte público.

quinta-feira 3 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

IMAGEM: Jair Amaral/EM/D.A Press

Na última terça-feira (01/02), foi votado em assembleia da categoria, o início da greve dos metroviários de BH, a partir da próxima segunda-feira (07/02) contra o projeto de privatização do metrô e pela redução das tarifas. A greve que começará na meia-noite deste dia, envolverá uma atuação de escala mínima, com o metrô funcionando apenas entre as 10h e 17h.

Essa greve, está no marco de uma intensa luta que se abriu desde o ano passado por parte dos metroviários contra um projeto do governador Zema e do governo Bolsonaro e Mourão que visa entregar o metrô para a iniciativa privada, ameaça os empregos dos metroviários além de ter sido uma venda preparada com o aumento exorbitante das passagens, culminando na perda de mais de 200 mil usuários por conta disso.

O processo de privatização do metrô também vem sido imposto a partir da atuação do poder judiciário que não só permitiu com que avançasse esse ataque como também, a partir da atuação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o funcionamento integral do metrô durante a última greve da categoria, enfraquecendo o movimento e dando base legal para que a CBTU pudesse atacar os grevistas.

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Segundo metroviário Ygor que está se mobilizando nessa luta, a importância da greve para a população de BH e da região metropolitana se dá pelo fato de que “a greve dos metroviários acontece num momento onde a população já está inflamada com o aumento sucessivo da inflação” e “que sem o metro funcionando nos horários de pico, com a passagem ao preço que está, vai inflamar mais a população e é isso que agente (metroviários) precisa, da aliança da população com o nosso movimento que é um movimento pela sociedade”.

Para Alda, que também é metroviária e diretora sindical, a greve é “fundamental para agente obter uma resposta desse desgoverno que quer simplesmente privatizar o metrô, não respondeu os trabalhadores o que vai acontecer com eles, então é necessário que toda a categoria possa aderir a essa greve”, ao mesmo tempo ela também altera para que a população entenda que “Nós (os metroviários) não estamos fazendo contra a população, contra as pessoas, mas contra esse governo federal, contra a CBTU, contra todos aqueles que querem tirar o nosso trabalho” e que eles querem a manutenção de seus empregos e um “metrô público, com uma tarifa social” e que a partir da greve poderia ser alcançada a manutenção desses empregos, uma tarifa social e a expansão do metrô.

O metroviário e diretor sindical Daniel, que compõe também o Polo Socialista Revolucionário, disse que a votação no sindicato foi unânime, e que a greve vai ser diferente do que agente (metroviários) vinhamos fazendo anteriormente”, funcionando, do ponto de vista dos usuários das 10h as 17h, e que “Não era o caminho que agente queria” e que “Agente esperava que nesses dois processos que nós tínhamos tocando aí querendo que as nossas perguntas fossem respondidas”, mas uma forma desrespeitosa e indiferente foram fornecidas respostas muito vazias, tanto por conta da CBTU, quanto por conta da advocacia geral da união, ocasionando na greve, em que o mesmo espera que a categoria esteja muito unida para defender os seus direitos que “que estão começando a ser quebrados” no processo de privatização.

Desde o Esquerda Diário, viemos nos solidarizando com essa luta e seguiremos utilizando nossa mídia a serviço disso.

Contra a privatização do metrô!
Redução no preço da passagem para 1,80 (valor anterior aos aumentos)!
Garantia de todos direitos dos trabalhadores!
Ampliação já do metrô!
Pelo Metrô 100% público, sob gestão de trabalhadores e controle popular!




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