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PARALISAÇÃO FORD | Metalúrgicos da Ford param a produção por 24 horas em São Bernardo

segunda-feira 9 de maio de 2016 | Edição do dia

Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira 9 de maio,os trabalhadores na Ford decidiram cruzar os braços por 24h na unidade de São Bernardo, assim como os metalúrgicos da Mercedesna última quarta 5/05 diante do vencimento do PPE(Programa de Proteção ao Emprego) adotado em setembro de 2015 e que pode significar, milhares de demissões, já agora ao final de maio.

A Ford pretende não renovar o PPE a partir de 1° de junho, com 3.447 trabalhadores no programa desde janeiro e 400 afastados por lay off (suspensão temporária do contrato de trabalho), que também correm o risco de não ter o prazo renovado. A patronal não contente aponta ainda busca eliminar a estabilidade do trabalhador acidentado ou portador de doença ocupacional, trocar o convênio médico, rever o pagamento da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além reorganizar as linhas de ônibus fretados.

Em um cenário em que as paralisações do sindicato dos metalúrgicos são pela renovação de um programa que supostamente protegeria o emprego, mas que na prática protege o lucro dos empresários, a Ford ainda anuncia estas medidas de retiradas de direitos e "alterações" de serviços, sendo um deles o de reduzir a quantidade de proteína das refeições. Seria a patronal da Ford aprendendo com o governo que rouba a merenda da boca dos estudantes das escolas estaduais e técnicas em São Paulo?

A produção na unidade da Ford deve retornar já na terça-feira dia 10 de maio, justamente no dia "paralisações e mobilizações" anunciado pela Resolução Nacional da CUT. Um dia que, no entanto, não passou pela construção de um plano concreto de luta contra o golpe da direita e ajustes dos governos.

Em um plano contra os ajustes nas montadoras seria possível barrar o desemprego, com um programa de redução da jornada de trabalho sem redução de salário, exigência de abertura do livro de contas das empresas para que todo trabalhador e sindicato possam saber a real situação da empresa e seus lucros nos últimos anos. Neste plano também exigir estabilidade e indenização para os acidentados e portadores de doenças ocupacionais, pois se a patronal os mutilou ou os fez contrair doenças no local de trabalho, ela que pague e dê estabilidade ao trabalhador.

Através deste plano de lutas, impedir a demissão por meio de greves e exigir a estatização sob controle operário de toda e qualquer empresa que demita ou feche as portas por causa da crise.




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