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Violência Policial | Metade dos homicídios em áreas de UPP são cometidos por policiais

Números são muito mais altos do que em áreas onde não existem as UPPs.

sexta-feira 21 de setembro de 2018 | Edição do dia

Enquanto na cidade do Rio do Janeiro um a cada cinco homicídios é resultado de ação policial, nas áreas ocupadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora, este índice cresce até uma morte violenta causada por policiais para uma morte violenta causada por outros motivos; a polícia é responsável por quase metade dos assassinatos cometidos nessas regiões. A cada 100 mil habitantes nas áreas de UPP, 16.5 são mortos pela polícia; na cidade do Rio como um todo, o índicie é de 6.7 a cada 100 mil.

O projeto das polícias pacificadoras como um todo pode ser contestado, já que desde sua implantação em 2008 até o ano de 2013 houve uma redução nos homicídios nas áreas pacificadas, no entanto, de 2013 até 2017, o número vem crescendo novamente, estando tão alto quanto era em 2009. Entre 2012 e 2017, cresceram também os roubos de rua e roubos de veículo nessas regiões, mostrando que as polícias pacificadoras tem sido a anos incapazes de reduzir não somente o crime de homicídio, mas também o crime de roubo. No ano da implantação das UPPs, foram registrados 1250 roubos de rua e 476 roubos de veículo nas regiões pacificadas, em 2017, estes números cresceram para 1553 roubos de rua e 744 roubos de veículo, um aumento de 12,4% e 15,6% respectivamente.Teria então a polícia pacificadora realmente pacificado alguma coisa?

A atuação homicida das polícias do Rio de Janeiro é conhecida há tempos pelos moradores das áreas carentes da cidade, e é evidente que o projeto de polícias pacificadoras não alterou este quadro. Defendemos o combate à desigualdade social e o investimento em serviços públicos e cidadania para as populações das áreas mais afetadas pela criminalidade e violência policial, para que os moradores destas áreas possam ter uma vivência digna, ao invés de serem condenados não apenas a viver em áreas de alta criminalidade, mas também a serem vitimados por uma polícia sem qualquer perspectiva social, que diariamente mata inocentes




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