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ELEIÇÕES 2018 | Mesmo liberado pelos médicos, Bolsonaro se recusa a ir aos debates

Depois de diversas justificativas diferentes, Bolsonaro confirma que não irá em debates na televisão e afirma "já estou com a faixa na mão". A declaração feita pelo candidato em transmissão ao vivo em sua página oficial é incoerente com a declaração de seu médico, que afirmou que escolha depende do candidato. Bolsonaro foge das televisões e se refugia nas redes, onde não será confrontado com seu programa neoliberal e escravista.

quinta-feira 18 de outubro de 2018 | Edição do dia

Desde que se iniciou o 2º turno das eleições, não houve nenhum debate entre os candidatos à presidência Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Há semanas, Jair Bolsonaro dá declarações controversas, que inclusive diferem da própria avaliação de seu médico que afirmou hoje (18) que cabe a Bolsonaro decidir se irá ou não aos debates.

Em uma transmissão ao vivo que realizou hoje em seu Facebook, Bolsonaro tentou se defender após o escândalo do Caixa 2, onde empresários teriam injetado um valor milionário na compra de pacotes de mensagens via Whatsapp, que divulgassem fake news e que atacassem o adversário Haddad para se promover. Nesta mesma transmissão, Bolsonaro reafirmou que não irá aos debates, argumentando que após avaliação médica, por ainda estar utilizando bolsa de colostomia e que foi orientado à não realizar "grandes esforços".

A declaração médica veio em contraposição ao argumento de Bolsonaro para fugir dos debates, o cirurgião Antonio Luiz Macedo, médico do Hospital Albert Einstein, respondeu à imprensa como foi divulgado no O Globo que dependeria dele escolher se iria ou não.

Uma terceira declaração recente de Bolsonaro, o candidato afirmou não ir aos debates por uma questão estratégica. Na realidade, como se escancarou com o escândalo das fraudes fomentadas pelos empresários com uma campanha que basicamente ocorre nas redes sociais, onde ele não pode ser confrontado para expor seu programa anti-operário e escravista.

No primeiro turno, Bolsonaro se mostrou fraco diante das câmeras, com dificuldade de responder sobre os temas básicos que apareciam, e em entrevistas, respondeu muitas vezes que "não entendia de economia" e de muitos outros assuntos de interesse público, afirmando que "não era preciso saber de tudo para ser presidente". Bolsonaro aposta em um time de reacionários e neoliberais, um vasto grupo formado por banqueiros, empresários e militares das Forças Armadas, que planejam um programa de governo que basicamente aponta em duros ataques à classe trabalhadora, jovens, mulheres, negros e LGBTs.




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