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Saúde | Mesmo contrariando especialistas, Queiroga anuncia fim de emergência Sanitária por conta de covid-19

No último domingo (17), em todos os veículos de mídia, o Ministro da saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que nos próximos dias será publicado ato normativo que coloca fim à emergência sanitária provocada pela pandemia de Covid-19.

segunda-feira 18 de abril de 2022 | Edição do dia

O atual ministro da saúde vem dando declarações sobre o fim das medidas sanitárias desde fevereiro deste ano, contudo apenas nesta última semana as medidas serão retiradas. Demagogicamente, o ministro da saúde declarou que: “Graças à melhora do cenário epistemológico, a ampla cobertura vacinal da população e a capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da emergência de saúde pública de importância nacional, a ESPIN.”

Sabemos que o Governo Bolsonaro foi movido por crises na administração da saúde pública. Foram 4 ministros dentro do período pandêmico, que junto com os Governadores dos Estados, não garantiram as medidas mais básicas para o enfrentamento a pandemia, como testes massivos para o conjunto da população. O Sistema Único de Saúde que, apesar de ser alvo de um processo de sucateamento que estava passando em detrimento dos setores privados de saúde, foi de extrema importância para a saúde pública no país, isso mesmo colocando os trabalhadores da saúde em péssimas condições de trabalho, com baixos salários e sofrendo ataques diretos dos governos estaduais.

Agora, desde o começo da pandemia de covid-19, já foram registradas a morte de mais de 660 mil pessoas no país. O Governo Bolsonaro que esbanjou negacionismo em todo o período que deixou claro os casos de corrupção e má gestão pública levando a morte milhares de trabalhadores.

De forma demagógica, fala que o Governo conseguiu superar as condições dadas pela a pandemia, não falando que grande parte das mortes que ocorreram por conta da pandemia poderiam ter sido evitadas se testes massivos, maior investimento nas estruturas de saúde e a aquisição mais rápida de vacinas teriam ocorrido.

Mesmo com a declaração, Queiroga não anunciou como serão realizadas essas mudanças. Sua intenção original seria “acabar” com o conjunto das medidas sanitárias, contrariando o conjunto dos especialistas que defendem uma transição mediada das regras gerais, sendo indicado que fosse dado um período de 90 dias para que as medidas fossem passadas. Contudo, com o fim da ESPIN medidas como por exemplo do uso obrigatório de máscaras começam a ser flexibilizadas. O Governo Bolsonaro tenta passar uma visão de que atuou de maneira responsável com a pandemia, mas essas tentativas espúrias não enganarão os trabalhadores.




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