Após a direção da AdUFPE fazer uma manobra para transformar a votação sobre a greve em um plebiscito, os professores votam a greve mesmo assim.
quarta-feira 17 de abril | Edição do dia
A UFPE é a mais nova universidade a se somar ao movimento grevista nacional dos professores das universidades federais. A assembleia de deflagração ocorreu no dia de hoje. Desde o início a direção do sindicato, composta pelo PCdoB, atuou contra a greve. Tirou a soberania da assembleia, para transforma a votação num plebiscito online. A manobra foi fortemente questionada pela assembleia, de forma que a mesa composta pela direção do sindicato mostrou toda sua covardia, fazendo um "recesso" e também com a debandada de uma integrante. Isso tudo, com a juventude do seu partido, a UJS, atuando como auxiliar técnico da burocracia.
Após essa manobra, os integrantes da direção interviram contra a greve e até mesmo tentaram estender a votação até as 15h, quando viram que estavam perdendo. Essa manobra conseguiu ser contida pela maioria da assembleia, que fez inclusive uma votação simbólica presencial onde a greve ganhou por unanimidade. Finalmente as 14h, o resultado da votação mostrava que, com quase 900 votos, a greve tinha sido aprovada, mesmo com as manobras da burocracia.
Dessa forma, a UFPE entra na lista de mais uma universidade em greve. Amanhã às 14h ocorrerá a reunião do comando de greve. Nós da Faísca, que estivemos ombro a ombro na greve dos TAEs, estivemos presente na assembleia, nos solidarizando com os professores contra a burocracia. Acreditamos ser importante uma greve unificada nas federais, com estudantes, técnicos e professores, que questione tanto o arrocho salarial, como também contra os cortes na educação, que precariza as condições de ensino, assim como a permanência. Nesse sentido, é importante também derrubar o arcabouço fiscal, que tira os recursos da educação para pagar a bolsa banqueiro da dívida pública.
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