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ENTREGUISMO | Mesmo após humilhação na OCDE, congresso aprova entrega da base de Alcântara

Deputados de diversos partidos aprovaram por ampla maioria acordo político do Brasil com Estados Unidos que entrega a base militar, mesmo após a não inclusão do Brasil na OCDE. Alcântara agora se tornará um posto avançado imperialista em uma região estratégica da América Latina, mostrando que não há limites para a submissão do atual governo ao imperialismo.

quarta-feira 23 de outubro de 2019 | Edição do dia

Em sessão no dia 22/10, o plenário da câmara dos deputados aprovou por 329 a 86 o acordo que permite a utilização da base de Alcântara, localizada no Maranhão, pelos norte americanos. Na prática a base, que no passado foi um centro de desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais, agora se tornou um pedaço dos Estados Unidos dentro do território brasileiro. Entre os partidos que apoiaram esta entrega está o PCdoB, partido que tenta se mostrar como parte da esquerda, mas que aceita qualquer negócio com a burguesia para se manter no regime político. No caso o partido afirmou que a defesa se justificaria por uma suposta cooperação tecnológica, mas o texto aprovado incluiu ainda uma cláusula de proteção da tecnologia de lançamento de foguetes além de limitações na circulação dos técnicos brasileiros.

O acordo foi anunciado como uma das contrapartidas do apoio dos Estados Unidos a entrada do Brasil na OCDE (Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico). No entanto o governo de Trump preferiu apoiar a entrada da Romenia e da Argentina, alegando “critérios cronológicos”. Tratada pela mídia como um “clube dos países ricos” a OCDE nada mais é do que um mecanismo para facilitar a penetração do capital financeiro no Brasil, que favoreceria a tomada de empréstimos em bancos privados estrangeiros. O governo Bolsonaro está a comprometido a mais completa entrega do país a rapina imperialista, e mesmo assim ter sido negado de entrar nesta organização após toda estrago que vem causando, é um sinal de grande humilhação.

É preciso fazer como no Chile, onde a força da classe trabalhadora unida à juventude incendiou a luta de classes novamente, fazendo com que a população vá as ruas não apenas para lutar por pautas econômicas, mas também para questionar o regime político como um todo.




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