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Mercosul: Bolsonaro adota tom conciliador frente a seu isolamento na America Latina

Na 57ª edição da reunião de cúpula dos líderes do Mercosul, Bolsonaro, ao lado do dorminhoco Guedes, adota discurso conciliador buscando coesão no bloco frente a seu isolamento devido a derrotas políticas importantes da extrema direita regionalmente e a crise econômica.

quinta-feira 17 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: reprodução

Em reunião com os líderes dos países do Mercosul formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o presidente Bolsonaro mudou seu tom adotando um discurso pragmático e conciliador frente a seu isolamento político fruto de derrotas de aliados de extrema direita como Añes na Bolívia, Macri na Argentina e Trump nos EUA.

O presidente declarou que “No âmbito comercial, não posso deixar de manifestar preocupação com o ressurgimento de entraves pontuais entre os Estados partes. Devemos deixar de lado essas discordâncias, que pertencem a um passado já superado”. Discordâncias estas que ele mesmo alimentou anteriormente com soberba.

Bolsonaro já havia feito uma reunião bilateral com Alberto Fernandes para tratar de questões comerciais com o país vizinho já que a China deixou o Brasil para trás no posto de maior parceiro comercial da Argentina. Agora, ratificou apassagem do comando rotativo da cúpula a Fernandes com votos de sucesso ao mandatário e dizendo queo Brasil pretende manter as relações em “alto nível do diálogo regional”.

Analistas indicam que a aproximação com o presidente argentino pode ser útil para Bolsonaro já que Fernandes tem boa relação com a União Européia e com o presidente estadunidense eleito John Biden, essa relação pode render “panos quentes” ao presidente brasileiro já que alimentou muito discórdia tanto com a UE como com os Democratas.

Afirmou que “A busca pelo consenso no Mercosul não significou inércia ou estagnação. Atuamos com flexibilidade e pragmatismo para que nossos pontos de convergência prevalecessem sobre nossas diferenças. Isso é o que vamos continuar a fazer em 2021″, na tentativa de se localizar no bloco comercial já que os golpes políticos que tomou com as derrotas de seus aliados o enfraqueceu externamente.

Veja também: Mercosul: enquanto país afunda no desemprego e na alta de alimentos, Guedes dorme




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