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GREVE MERCEDES | Mercedes corta negociações, mas trabalhadores seguem firme na greve

Em assembleia na manhã desta quarta-feira, 23, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que as negociações foram interrompidas com a montadora e que a empresa decidiu ingressar na Justiça do Trabalho. Os trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo, continuam em greve, iniciada no último dia 14.

quinta-feira 24 de maio de 2018 | Edição do dia

Em campanha salarial, com data-base em maio, os 8 mil metalúrgicos da planta da Mercedes-Benz têm mantido a fábrica parada durante todos os dias da mobilização. Eles reivindicam a assinatura de um acordo coletivo que garanta reajuste incorporado aos salários, mudança no cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e manutenção das cláusulas sociais previstas no acordo anterior.

Para o diretor Administrativo do sindicato e trabalhador da Mercedes-Benz, Moisés Selerges, a decisão da fábrica representa um retrocesso em relação ao processo de negociação que sempre ocorreu entre as duas partes. “Foi precipitado. Na história dos trabalhadores da Mercedes, os impasses sempre foram resolvidos em uma mesa de negociações”, avaliou. “Vamos continuar tentando reestabelecer um diálogo com a direção. Dialogar é sempre a saída mais inteligente.”

A empresa tomou a decisão de interromper as negociações, em uma medida de força para impor uma derrota mais decisiva aos trabalhadores. O contexto dessa greve deve nos levar a refletir sobre o papel do judiciário e a patronal nos ataques quem vem submetendo os trabalhadores, com a aprovação da reforma trabalhista, as incursões do judiciário na politica nacional, também seria a hora de tentar impor uma derrota em algum setor concentrado de trabalhadores, já que em São Paulo os professores municipais impuseram uma derrota categórica a Dória.

O sindicato dos metalúrgicos do ABC que fala tanto em dialogo com os patrões acabaram de receber uma porta na cara, e continuam com a mesma estratégia, é hora de unificar a categoria e colocar em movimento batalhões de trabalhadores para colocar na ofensiva, não apenas uma luta econômica por reposição salarial, mas também colocar na pauta a luta pela retirada da reforma da trabalhista e colocar no centro da discussão politica do pais a pauta dos trabalhadores.

Uma luta contra essa multinacional, que ano após ano só aumenta seus lucros, quer legalidade para demitir trabalhadores acidentados de sua planta, avançar ainda mais na terceirização e romper negociações durante a greve. Essa luta deveria se apresentar como uma oportunidade de transformar em um campo de batalha para toda a classe, no mínimo na categoria, e servir como exemplo da forma de derrotar as investidas imperialistas.




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