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AJUSTE NA INDÚSTRIA | Mercedes anuncia ameaça a mais 7000 empregos

sábado 1º de agosto de 2015 | 02:31

Da redação.

Nesta sexta, 31, A Mercedes-Benz anunciou que vai colocar mais milhares de trabalhadores da sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP) em licença remunerada. As estimativas chegam a 70% dos trabalhadores da planta, serão cerca de 7000 operários afastados de seus postos de trabalho.

Segundo informações da empresa após 1 de setembro acontecerão mais “ajustes” no quadro de funcionários, ou seja, demissões.

A empresa não anunciou números exatos e alega que a ameaça ao emprego de milhares de trabalhadores se dá em função da queda nas vendas de automóveis. Devido ao segredo comercial, não é possível ter acesso às contas e livros-caixa da empresa, mas, para muitos trabalhadores, na realidade, os altos lucros da empresa não foram afetados e permanecem nas mãos dos proprietários da rica multinacional.

A empresa diz que há excedente de 2000 trabalhadores, mas não toca no assunto quando se trata do fato de que, na realidade, a carga de trabalho vem aumentando e cada trabalhador realiza o serviço que deveria ser feito por 2, ou 3 outros trabalhadores, ou seja, a intensidade do trabalho cresce, porém o número de contratados diminui.

Na mesma fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, a proposta de redução da jornada de trabalho com redução dos salários foi rejeitada pela grande maioria dos trabalhadores (mais de 70%).

A redução da jornada com redução de salário é a base do chamado PPE (“Programa de proteção ao emprego” - leia mais sobre aqui e aqui ), proposta pelo governo Dilma junto às centrais sindicais como a CUT, UGT e Força Sindical. O PPE ataca os direitos dos trabalhadores, rebaixando os salários em um momento de ajustes econômicos que restringem direitos como seguro desemprego e que a inflação aumenta o custo de vida dos trabalhadores e de suas famílias.




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