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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Meirelles vai ao Estadão para defender os ataques contra a Previdência

quinta-feira 9 de março de 2017 | Edição do dia

A abertura do debate do Forúm do Estadão que tratou sobre a Reforma da Previdência, mais pareceu um debate entre amigos. Um dos participantes foi o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que disse que esta medida não é uma ’’questão de decisão, mas de necessidade em função das contas pública’’. Além disso, Meirelles utilizando números bastante questionáveis disse que o gasto primário do Governo Central passou de 10,8% do PIB em 1991 para cerca de 19% do PIB hoje.

O ministro ainda disse que a trajetória dos gastos é insustentável. Sem citar o super salário dos Parlamentares, ministros e Judiciário, muito menos o exorbitante gasto com juros da dívida, Henrique Meirelles disse que o principal foco de gasto do governo é a Previdência.

Seguindo o seu raciocínio cínico que ofende a inteligência do trabalhador e de demais setores populares da sociedade, Meirelles que foi banqueiro (presidente mundial do BankBoston), governa para os detentores da dívida, fez isso sob Lula faz isso sob Temer. Seu argumento oculta essa parte dos gastos e só inclui os gastos com a aposentadoria e não leva em consideração a Previdência Social.

É um absurdo pensar que os poucos direitos que os trabalhadores possuem e a aposentadoria que muitas vezes não passa de um salário mínimo afeta a economia do país. Temer e sua corja de golpistas para atacar os trabalhadores, fazem inúmeras manobras para poder defender os interesses dos grandes empresários e banqueiros. Meirelles que chegou a comentar que a evolução das despesas da Previdência segue numa ’’escala crescente’’, mas esquece que o lucro dos grandes capitalistas crescem monstruosamente.

Enquanto Meirelles chora lágrimas de crocodilo com os dados que apresentou no Forum do Estadão, ele ignora de forma criminosa a divida pública que o país possui, um mecanismo que serve para enriquecer os grandes banqueiros. Todo nós sabemos que a dívida pública que o país possui consome quase a metade dos gastos públicos nacionais, portanto se deixarmos de pagar esta divida haveria recursos para direitos que nos negam.

Mesmo que o número de brasileiros que se aposentam aumente, o lucro dos empresários e banqueiros consegue bancar esta demanda tranquilamente. Afinal, se o lucro dos grandes capitalistas foi tirado com o suor do trabalhador, nada mais justo os mesmos usarem ele quando forem se aposentar. Taxando a fortuna dos grandes empresários e banqueiros, mas também deixando de pagar a divida pública é possível, compatível garantir uma aposentadoria digna para os trabalhadores.

Seguindo a orientação da propaganda vergonhosa e chantagista do PMDB, Meirelles diz que se os gastos da previdência ’’continuarem crescendo no ritmo atual’’, eles vão tirar o espaço de todas as despesas pública, principalmente saúde e educação (uma vez que a dívida essa nunca pode deixar de ser paga, a saúde pública deixar de existir pode).

Enquanto os golpistas avançam contra os direitos dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade, a CUT continua dando uma trégua ao governo Temer e não está organizando os trabalhadores seriamente contra Temer e sua corja, não estão sendo organizadas assembleias para parar todos setores e realizar uma luta séria contra esse ataque. Os indicativos de paralisação de professores em diversos estados no dia 15 precisam ser transformados em uma grande paralisação, com assembleias reais em todas categorias dirigidas pela CUT e CTB para que coloquemos de pé um urgente e sério plano de lutas.




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