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ELEIÇÕES 2018 | Meirelles embeleza governo anti-operário de Temer que se propõe a dar continuidade

Ameaçado de não ser confirmado pelo MDB como candidato à presidência da república no mês que vem, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles passou a defender abertamente a gestão anti-operária e reacionária de Michel Temer. Quer ser o candidato da continuidade das reformas e da pauperização da vida e dos direitos sociais da população.

Lara ZaramellaEstudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

terça-feira 19 de junho de 2018 | Edição do dia

Temer e Meirelles em fevereiro, em Brasília. (Foto: UESLEI MARCELINO REUTERS)

Com ameaça de não ser confirmado pelo MDB como candidato à presidência da república no mês que vem, Henrique Meirelles, que deixou a gestão de Temer em abril, passou a defender o presidente golpista com unhas e dentes. "O governo Temer é extremamente bem-sucedido, tirou o país da maior recessão da história", afirmou Meirelles, em entrevista ao programa Band Eleições, transmitido pela Band na madrugada desta terça-feira, 19. "(A gestão Temer) é um projeto do qual participei e terei orgulho de mostrar o histórico e os resultados para a população."

Nos últimos tempos, ao contrário do que sua última declaração aponta, Meirelles vinha fazendo movimentos para descolar sua imagem da impopularidade de Temer – recorde, diga-se de passagem, com 82% de desaprovação, segundo pesquisa Datafolha realizada no início deste mês. Em entrevista ao Roda Viva chegou a dizer que não era o candidato do governo, não defendendo a gestão atual.

Além disso, o desemprego no país tem batido recordes mesmo após a deplorável Reforma Trabalhista, que arruinou o meio de sobrevivência da maior parte da população do país, derrubou salários e seus novos empregos são vacilantes. Trilhões de barris de petróleo do pré-sal estão cedidos por troco de bala para os grandes monopólios internacionais do petróleo, troco que será usado para pagar a fraudulenta e ilegal dívida pública.

Ou parece que não pesa em suas costas todo o protagonismo nos projetos e reformas antipopulares do último ano. Foi mentor da PEC 55 do teto dos gastos, que congela por 20 anos gastos nas áreas da saúde e educação. Assim como foi mentor técnico do governo golpista de pensar a Reforma da Previdência e de fazer com que os trabalhadores paguem pela crise. Sua candidatura se orgulha de ter sido parte de uma situação desastrosa na educação e saúde públicas tudo para encher os bolsos dos donos da dívida com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Se orgulha de fazer parte de uma resposta anti-operária para a crise no país.

Disse que não possui processo nenhum, em relação ao questionamento ético e legal que atinge o seu partido MDB e o governo golpista de Temer. Parece que não é levada em consideração a sua história intrinsicamente ligada às delações da empresa JBS, revelada como o grande “caixa-forte” na compra de políticos do congresso brasileiro. Nas delações, Meirelles era o chamado “rapaz trabalhador”, segundo Joesley Batista e Temer.
Não há marketing que esconda o papel reacionário que Meirelles ao lado de Temer cumpre nesse país, apesar de sua agenda ser exatamente a que a burguesia imperialista, dona da dívida, como o Santander, e outros grandes bancos e agencias de financiamento, estão cobrando para as eleições de 2018, sob base de um ataque especulativo à moeda e bolsa brasileira.




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