Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN
quinta-feira 9 de junho de 2016 | Edição do dia
Em um dia paralisação nesta quarta feira (06/06) os estudantes de Medicina realizaram diversas atividades, dentre elas um ato muito forte que jogou ainda mais lenha na grande fogueira da mobilização da Unicamp e exerce o papel fundamental de fazer aparecer e ligar a luta na universidade à cidade e a disputar a opinião pública.
Ao final do ato, realizaram uma intervenção muito impactante no bandejão principal, que contagiou todos os estudantes presentes, emocionando-os com a força da luta!
A grande mídia tem dado mais atenção para meia dúzia de gatos pingados do MBL do que para a luta de milhares de estudantes de 16 institutos em greve e mais vários que paralisaram, inclusive com institutos como o da Quimica, Engenharia Mecânica, Física, Engenharia de Alimentos e Matemática pela primeira vez em greve, assim como duas primeiras mobilizações fortíssimas na Medicina.
Preferem publicar mentiras da reitoria, como a de que os estudantes não querem negociar, sendo que nós fomos os únicos a apresentar uma contra-proposta real, e nao um "não cederemos em nada" da reitoria, que inclusive tem chefe, o reitor Tadeu, sumido desde o início da greve, que não senta na mesa de negociação.
Se recusam a falar de nossas pautas, pois elas são diretamente pautas que se ligam à população, como são as Cotas, pra colocar a população negra e pobre excluída da universidade dentro dela, permanência para que ela tenha condições de estudo de fato, e contra os cortes que afetam não só os cursos, mas também os recursos para a área da saúde, que, com o HC, é uma das únicas pontes entre a universidade e a população da cidade.
Nós do Esquerda Diário estamos acompanhando e divulgando toda essa mobilização histórica dos estudantes de Medicina da Unicamp pelo ânimo e pela força política que estão trazendo pra luta das estaduais paulistas.
