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PANDEMIA | Marchezan suspende contrato de centenas de estagiários da prefeitura de Porto Alegre

segunda-feira 20 de abril de 2020 | Edição do dia

O discurso do prefeito é de combate à pandemia, mas suas ações vão na contramão disso. A mais recente medida do prefeito tucano da capital gaúcha foi a suspensão da renovação de contratos de estagiários da prefeitura de Porto Alegre. Com essa medida, na prática, centenas de estudantes vão ficar sem o seu sustento no próximo período, jogando água no moinho do desemprego na cidade.

A medida vai até o dia 30/05, deixando a dúvida sobre se o decreto de quarentena será postergado até essa data ou os serviços da prefeitura voltarão à sua “normalidade” ao final de abril e esses estagiários seguirão sem trabalho. O certo é que centenas de jovens trabalhadores serão brutalmente afetados pela ação.

Com bolsas que variam de R$ 411,84 até R$ 964,92, muitos estudantes viviam com essa renda para pagar seu aluguel e gastos correntes. Muitas dessas pessoas são mães e pais de família que agora perdem seu principal sustento, mesmo ele sendo já baixo de acordo com as necessidades. O discurso de Marchezan é o de combate à pandemia, mas a prática é o de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores, deixando o lucro dos grandes empresários intactos e não tomando medidas enérgicas de criação de mais leitos, contratação de mais funcionários para a saúde, de testagem em massa da população, e outras medidas.

Segue abaixo o abaixo-assinado criado pelos estagiários, que já conta com algumas centenas de nomes e pede a renovação automática dos contratos:

ESTAGIÁRIOS EM DEFESA DO CONTRATO! RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA JÁ! #RenovaMarchezan

O Prefeito Marchezan em meio a pandemia mundial da Covid-19 decidiu *suspende todas as renovações de contratos dos estagiários* da Prefeitura. Vários, inclusive, sem oportunidade de renovação.

Nós estagiários também somos *TRABALHADORES/AS! estudantes que pagam aluguel, mães, pais, filhos que complementam a renda familiar*. Temos responsabilidades financeiras.

*Somos essenciais no funcionamento da Administração Pública*. Estamos inseridos em todos os todos os setores da Prefeitura, desde hospitais a escolas. Centros comunitários, conselhos tutelares, CAPS e vários outros espaços de auxílio a população.

*É inadmissível que a saída do Governo para economizar nesse período seja descontar daqueles que tem contratos precários.*

*Queremos a RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA dos contratos vencidos e que estão a vencer durante o isolamento social*, ou seja, manter o pagamento da bolsa auxílio para que tenhamos as condições básicas de *sobreviver.* Literalmente, sobreviver às consequências impostas de uma crise que nenhum de nós esperava.




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