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PORTO ALEGRE | Marchezan expõe servidores e suas famílias ao risco do Coronavírus, em meio à pandemia

Servidores públicos têm de comparecer presencialmente ao posto de saúde do IAPI para abonar faltas com atestados médicos e não ter descontos no salário. Em muitos casos, os servidores têm de levar seus filhos consigo, expondo-os ao risco de infecção pelo vírus, pois muitas escolas e creches estão fechadas.

quarta-feira 18 de março de 2020 | Edição do dia

Entre o discurso e a prática de Marchezan existe um abismo brutal. Enquanto ao público externo ele promete rigor no combate ao coronavírus, os servidores têm de se submeter a filas no posto de saúde do IAPI, no setor 15, responsável por abonar os atestados médicos do servidor. A regra exige que acima de um dia de atestado, o servidor tem de presencialmente pedir o abono. Sob o risco de ter dias de trabalho cortados do salário, muitos servidores estão tendo de se sujeitar ao risco de infecção devido a uma absurda regra para abono de faltas ao trabalho.

Muitos servidores estão inclusive acompanhados dos filhos nestes locais, uma vez que muitas escolas e creches estão fechadas. Os pais são obrigados a ou deixar as crianças sozinhas em casa ou as levar consigo para um local onde a probabilidade de contágio é evidentemente muito maior.

É um absurdo que pra garantir o mínimo, o servidor tenha de expor a si e a sua família ao máximo. É responsabilidade do Estado proteger devidamente toda a população, e isso inclui os seus servidores e famílias.

A pandemia evidencia a crise sanitária que o país enfrenta e são os trabalhadores e o povo pobre que pagam por ela com suas vidas. Bolsonaro, Eduardo Leite e Marchezan completam as três instâncias federativas de incapacidade de responder com medidas efetivas de combate à pandemia.

A previsão dos próprios governos é de que situação fique ainda mais grave, com aumento exponencial do número de casos. É urgente que o Estado garanta testes para a população, amplie os leitos especializados e contrate novos trabalhadores da saúde. Nesse sentido, é necessária a centralização dos hospitais e leitos privados para atender a demanda, com objetivo de impor um sistema de saúde 100% estatal e sob controle dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Para tal, é essencial revogar a lei do Teto de Gastos, suspender o pagamento da dívida pública e realizar a taxação progressiva das grandes fortunas, revertendo essas verbas para saúde e assistência social dos trabalhadores em meio à crise.




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