terça-feira 26 de abril de 2016 | Edição do dia
Com a crise que estamos vivendo, os governos estão fazendo cortes nos serviços mais necessários à população como saúde e educação, para que ela seja paga por nós. Mas eles não passam em branco. Em muitos lugares do Brasil os trabalhadores e a juventude estão lutando contra esses ajustes que atacam nossas vidas, como os secundaristas de São Paulo e os professores e estudantes do Rio de Janeiro.
No Rio Grande do Sul e em Caxias começamos a dar os primeiros passos numa luta em defesa da educação, com uma série de manifestações organizadas por alunos do I.E.E. Cristóvão de Mendoza primeiro como apoio aos professores e contra o parcelamento de salários, depois contra a precarização da educação como um todo. A primeira manifestação contra o parcelamento estava acontecendo pacificamente até que um homem apareceu no final portando uma barra de ferro com a qual agrediu violentamente os estudantes além de chamar outra pessoa que portando uma arma de fogo ficou observando de longe. Os alunos chamaram a polícia e essa ao invés de defender os estudantes, ficou ao lado do homem que agrediu os estudantes e ameaçou de morte professores e alunos que estavam no momento (dizendo que se fosse com ele, atiraria nos alunos). A direção da escola ao invés de cobrar alguma medida dos policiais responsabilizou os alunos pelo ocorrido.
Mas as manifestações continuaram e a direção passou a cumprir um papel de ameaça e coerção aos estudantes para impedir com que nos manifestássemos livremente em defesa de nossos direitos. Chamou alguns dos estudantes que vem participando dos protestos para coagi-los a pararem com isso, que não há o que fazer para melhorar a situação de precariedade na escola.
O que nós estudantes estamos tentando fazer é uma coisa básica que toda pessoa deve ter direito: O direito de se manifestar. Por isso reafirmamos que expressar sua opinião e se manifestar é um direito básico e elementar que todas as pessoas dentro de uma democracia devem ter. Exigimos, portanto, a exoneração imediata do policial que ameaçou de morte professores e alunos, assim como queremos que a direção registre ocorrência contra o agressor e o policial, além disso exigimos também o fim da coerção e perseguição aos estudantes que lutam. Chamamos todos a apoiarem a nossa campanha e espalharem a ideia de que não podemos aceitar a repressão da polícia ou da direção nem no Cristóvão nem em nenhuma outra escola, pois a luta pela educação também é a luta pela liberdade de manifestação!
