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MANIFESTAÇÃO DIREITA | Manifestações em defesa de Bolsonaro ocorreram neste domingo em São Paulo e no Rio de Janeiro

Algumas pessoas se reuniram na manha deste domingo (3), no Rio de Janeiro e em São Paulo, para apoiar o reacionário deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de incitação ao estupro e injuria e também por quebra de decoro parlamentar.

segunda-feira 4 de julho de 2016 | Edição do dia

Foto: Fábio Motta (Estadão)

Pouco mais de 100 pessoas se reuniram às 11h da manhã na barra da tijuca no Rio, com o próprio Bolsonaro. Na capital paulista, cerca de 300 pessoas se concentraram na Avenida Paulista por volta de 11h30 da manha. O ato teve a presença do filho do Bolsonaro, também deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP).

Em um vídeo gravado para a internet, os manifestantes gritavam "Bolsonaro presidente 2018", assim como exaltavam o torturador da ditadura militar Coronel Brilhante Ustra, com o argumento que este "livrou o Brasil de ser uma nova Cuba". Nesta mesma manifestação, Jair Bolsonaro cantou o hino nacional em cima da van e foi carregado pelo os manifestantes como se fosse um "astro pop".

O motivo da manifestação organizada pelo Facebook foi "repudiar a ação recebida pelo STF por crime de incitação ao estupro, movido pela Deputada Maria do Rosário e outros". O STF abriu uma ação contra o Bolsonaro, no dia 21 junho, por ele ter declarado, em 2014, que não estupraria a deputada Maria do Rosário porque ela não merecia. Uma semana depois o parlamentar foi acusado por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética por ter dedicado seu voto a favor do impeachment ao Coronel Ustra, torturador da ditadura militar.

Um grupo de 50 pessoas que participavam do ato a favor do Bolsonaro em São Paulo provocou diversas pessoas que passavam na Avenida Paulista que repudiaram esta grotesca manifestação. A polícia reprimiu as pessoas contrárias a manifestação, fazendo a mesma seguir sentido a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, sentido centro.

Foto: Nelson Antoine (Folha)

Um ato em defesa da ditadura e da impunidade

O ato em defesa do Bolsonaro, apenas mostra que a extrema direita se sente um pouco mais a vontade em colocar suas asas de fora. Setores como Jair Bolsonaro e Marco Feliciano, entre outros, conseguiram dar um giro a direita na superestrutura do país com o impeachment e isso foi o motivo que abriu espaço para que setores reacionários pudessem expressar todo o seu ódio mais abertamente.

Todos aqueles que saem nas ruas defendendo o deputado federal Jair Bolsonaro defendem que o Estado avance contra os direitos elementares dos setores populares da sociedade, pois se sentem incomodados com os poucos direitos que os trabalhadores, negros, LGBTT, mulheres possuem. Muitos dos grupos que se proclamam de extrema direita no país encontram em Bolsonaro uma forte referência para responder a crise econômica e política no país.

O deputado Jair Bolsonaro não pode responder a atual crise política e econômica que o Brasil vive, pois faz parte do jogo sujo da política burguesa. É o deputado que ficou no lado de Eduardo Cunha, quando na sessão da câmara em que se decidiu o impeachment da Dilma o deputado Jean Wyllys do PSOL chamou o presidente afastado da Câmara de deputado de ladrão. Antes de ser do partido do Marco Feliciano, era do mesmo partido do Paulo Maluf. O Bolsonaro é deputado federal por mais de vinte cinco anos e durante todo este tempo apenas enriqueceu com o seu super salário.

Se de um lado os Bolsominions fazem um ato defendendo a impunidade, do outro lado não podemos ter nenhuma confiança no Supremo Tribunal Federal. Sabemos que a intenção do Judiciário esta muito longe de bater de frente com os políticos mais reacionários do congresso, mas por trás desta ação existe um forte interesse de cada vez mais trocar os jogadores da política burguesa, colocando novos jogadores que consigam atacar os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. É preciso entender que o Jair Bolsonaro e os demais políticos reacionários fazem parte deste sistema e é este sistema que precisa ser questionado. Tirar um ou tirar todos apenas vai fazer com que a burguesia coloque outros reacionários no lugar, por isso que é preciso por uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana imposta pela mobilização dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade, pois esta é a única forma efetiva de se enfrentar contra estes políticos reacionários.




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