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RIO DE JANEIRO | Manifestação estudantil na Lapa contra a redução da maioridade penal e os cortes na educação

quarta-feira 12 de agosto de 2015 | 14:41

A manifestação ocorreu nesta terça (11) e contou com cerca de 200 estudantes, entre secundaristas e estudantes grevistas das universidades federais e estudantes da UERJ. O ato marchou da Cinelândia até os Arcos da Lapa, aonde se estendeu uma enorme faixa contra a redução da maioridade penal e os cortes de Dilma na educação e debaixo dos Arcos aconteceu o sarau com este tema, que durou até o anoitecer. A votação da redução da maioridade penal no congresso, que estava marcada para este dia, foi adiada.

Na manifestação, estavam presentes estudantes de três universidades federais, UFRJ, UFF e UNIRIO, que estão em greve estudantil. Estudantes destas três universidades saudaram o espaço debaixo dos Arcos com poesias, palavras de ordem, música e protesto contra os cortes na educação e projeto de se reduzir a maioridade penal. Barrar o projeto de redução da maioridade penal é uma das pautas dos estudantes grevistas.

Também estavam presentes representantes dos técnico-administrativos e professores, que saudaram o espaço. Técnicos das três universidades estão em greve desde o dia 28 de maio. Os professores da UNIRIO foram os últimos a entrar em greve, deflagrada recentemente, tornando a greve nas três universidades uma greve dos três setores. O espaço também foi saudado por Terezinha, terceirizada da UFRJ que foi demitida por fazer greve quando os trabalhadores terceirizados de toda a universidade ficaram sem receber.

O ato de composição majoritariamente estudantil expressa a retomada da greve nas três universidades depois do último período. Segunda seria a data do início do segundo semestre, no entanto, desde que os estudantes entraram em greve no primeiro semestre, tendo como um dos motores a crise gerada nas universidades públicas com os cortes na educação com o ajuste fiscal de Dilma e Levy , o governo só aumentou o corte que chegou aos 12 bilhões com o ultimo ajuste feito no dia 30 do mês passado.

Carolina Cacau, estudante de serviço social e coordenadora do CASS saudou o espaço dizendo “A juventude universitária e a juventude secundarista tem a tarefa de, em cada escola e em cada universidade, construir a mobilização da juventude para barrar o projeto de redução da maioridade penal, e também fazer cair o projeto de lei de Serra que tem o apoio do PT e Dilma, que altera o ECA aumentando as penas de jovens para até dez anos. Um jovem preso com 15 anos pode ficar até os 25. A redução e o aumento de penas, assim como a os cortes na educação afetam primeiramente a juventude negra e precarizada: com os cortes feitos pelo governo Dilma nas universidades federais, os primeiros a serem afetados foram os terceirizados, que são em sua maioria mulheres e negros. Na UERJ não é diferente, com os cortes de Pezão, os terceirizados tem os salários atrasados e cortados desde o início do ano. Hoje, um terceirizado da UERJ recebe seu salário parcelado em quatro vezes. É por isso que também gostaria de saudar neste espaço a greve das trabalhadores terceirizadas do Hospital Universitário Pedro Ernesto, que estão sem receber por causa dos cortes na educação.”




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