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CRISE SANITÁRIA | Manaus: ritmo de mortes foi maior do que as verbas destinadas pela União

O dinheiro do governo federal destinado a Manaus para combater a crise sanitária não acompanhou o mesmo ritmo do avanço de casos e mortes pelo novo coronavírus.

quinta-feira 28 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Imagem: Lucas Silva/Getty Images

O dinheiro do governo federal destinado a Manaus para combater a crise sanitária não acompanhou o mesmo ritmo do avanço de casos e mortes pelo novo coronavírus. A cidade de Manaus foi a quinta capital brasileira no índice de letalidade pela doença em 2020, mas a 26ª no repasse de recursos proporcionais ao tamanho da população, colocando o sistema de saúde de Manaus em colapso rapidamente.

Quando o número de mortes aumentou brutalmente na cidade e os pacientes começaram a morrer por falta de oxigênio, o presidente Jair Bolsonaro argumentou que o governo federal fez tudo o que podia em relação a recursos financeiros e apoio, uma grande mentira. Chegou a publicar uma imagem em suas redes sociais dizendo que repassou quase 9 bilhões de reais para o Estado do Amazonas e seus municípios, mas esse número representa todas as transferências da União, e não apenas os recursos destinados para o combate à covid-19. O presidente Bolsonaro se esquiva, tenta transferir a culpa mas segue sendo o principal responsável pela má administração da crise sanitária no Brasil, publicando mentiras e orientando seu governo à omitir os números reais.

Dados da plataforma de monitoramento legislativo e informações públicas, a Inteligov, apontam a grande desproporção nas transferências da União, e a mesma situação é observada em outras capitais também ameaçadas por um colapso, como Belém, São Luís e Fortaleza. No início da pandemia, em abril do ano passado, a capital do Amazonas foi a primeira a ver seu sistema de saúde entrar em colapso em função da doença e de abril até junho, o volume de transferências apenas dobrou, enquanto o número de mortes aumentou quase 18 vezes.

A realidade no país mostra que a prioridade desse governo não é a vida dos milhões de trabalhadoras e trabalhadores. Por isso, nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores e do Esquerda Diário fazemos um chamado a todos, para nos colocarmos contra Bolsonaro, os governadores e prefeitos e todo o regime do golpe, na batalha pela disponibilização universal da vacina. Não podemos deixar que a vida de milhões sejam ceifadas pelo negacionismo de Bolsonaro e por toda ganância capitalista.

Leia também: Contra Bolsonaro e Doria, batalhemos pela disponibilização universal da vacina




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